Diálogo para reconstruir o Jardim de Alah

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Seja com o Reviver Centro, o novo Parque Cesário de Melo, na Zona Oeste, a Zona Portuária ou o futuro Parque Sustentável da Gávea: nos quatro cantos da cidade temos diferentes exemplos dessa nova abordagem. É uma forma de pensar o desenvolvimento com sustentabilidade e qualidade de vida para os cariocas, que vêm ganhando cada dia mais importância na gestão da cidade.

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Dentro desse grande objetivo, temos hoje a oportunidade de transformar uma área da cidade que tem um uso muito abaixo do seu potencial, uma região com pouca utilização numa área muito importante para os cariocas e turistas. Trata-se da revitalização do parque do Jardim de Alah, entre Leblon, Ipanema e a Lagoa. Uma intervenção com zero custo para os cofres públicos, que aumentará a área verde da região, melhorará o escoamento de águas e reduzirá a temperatura em até cinco graus no entorno, segundo estimativas, contribuindo para o ambiente da cidade como um todo.

Esse projeto inovador terá um grande impacto socioambiental, educativo e também para o turismo. Serão quase nove mil metros quadrados de asfalto trocados por pisos que permitem o escoamento das águas. Mais de 200 árvores serão plantadas, aumentando o número total em quase 40%, e serão criados novos parques para crianças, idosos, cães, e três novas passagens para pedestres integrando os dois lados do canal que liga a Lagoa Rodrigo de Freitas ao mar.

Além de tudo isso, o projeto tem ainda um alcance social muito importante, com melhorias muito grandes para os mais de cinco mil moradores da Cruzada São Sebastião, vizinha do parque. O projeto prevê a construção de uma creche a ser operada pela prefeitura para 300 crianças e um complexo esportivo com quadras e ginásio coberto para apoio às inúmeras iniciativas de esporte locais, como futebol, basquete e artes marciais. Estruturas que serão integradas, ainda, à escola municipal que já existe no local.

São intervenções socioambientais que revitalizam um parque hoje esvaziado e que não é aproveitado pela maioria dos cariocas. Medidas que, claro, passarão por todo o processo de licenciamento pelos órgãos ambientais e de patrimônio, como determina a legislação.

Por todo esse benefício urbano, ambiental e social trazido pelo projeto, a Câmara do Rio tem buscado, dentro do seu papel constitucional, fomentar o diálogo e dar toda a transparência a esse processo. Porque é função do Parlamento encontrar caminhos para que a cidade siga sempre no rumo do desenvolvimento sustentável.

Por isso, realizaremos hoje uma grande audiência pública sobre o tema, para garantir a troca de ideias e a construção do melhor projeto possível para a cidade do Rio e para todos os moradores do entorno do parque. O que não podemos é manter essa área tão importante e com um potencial tão grande sem uma utilização adequada.