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GERADO EM: 02/07/2024 - 00:05

Prefeito do Rio apoia novo estádio do Flamengo

O prefeito do Rio, Eduardo Paes, defende a construção do novo estádio do Flamengo, destacando seu impacto econômico e urbanístico na cidade. Ele ressalta a importância de colaboração com melhorias viárias e de transporte, além de enfatizar que o estádio não prejudicará o Maracanã.

Na física, torço pelo Vasco, o que não é nenhum segredo. Na jurídica, sempre pelo Rio. Defender e apoiar o novo estádio do Flamengo é defender os interesses da cidade e dos cariocas, não poderia ser diferente.

O Flamengo é um clube de dimensões nacionais, tem a maior torcida do Brasil. O clube projeta o Rio no país e no mundo, movimentando nosso turismo e nossa economia. Estudos da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano e Econômico mostram que o Flamengo foi responsável por mais da metade dos R$ 3,96 bilhões de impacto econômico do futebol na cidade em 2023. Estudos preliminares apontam que, com o novo estádio, o clube, sozinho, poderia representar um impacto de R$ 3 bilhões.

Não se pode minimizar a importância da economia do futebol para o Rio. É por isso que, como o Flamengo, todos os clubes cariocas sempre receberam meu apoio sem distinção, independentemente de qualquer eleição. Ajudamos a transformar em realidade os centros de treinamento do Fluminense e do Vasco, como fazemos com o do Botafogo. Prorrogamos a concessão do Nilton Santos e viabilizamos recursos para a reforma de São Januário. Essas são apenas algumas das iniciativas tomadas, que não beneficiam só os quatro grandes. Também doamos as arquibancadas da Arena do Futuro para a Portuguesa e parte do Estádio Aquático Olímpico para o Bangu, como parte do legado olímpico.

Além do impacto na economia, a construção do novo estádio do Flamengo no terreno pretendido pelo clube, no Gasômetro, efetivaria mais um elemento-chave na revitalização da região portuária, essencial para o Rio. Para tanto, ele deve ser mais que um estádio: um complexo multifuncional que inclua espaço para eventos, lojas abertas para o público e áreas de convivência, alinhado ao desenvolvimento urbano sustentável da região.

Capa do audio - Bernardo Mello Franco - Conversa de Bastidor

O projeto também deve levar em conta o impacto na mobilidade urbana, uma prioridade de meus mandatos. Não à toa, construímos ali o Terminal Gentileza, que conecta a região e o Centro ao resto da cidade. O Flamengo já se mostrou comprometido em colaborar com melhorias viárias, reformulação dos passeios públicos e do sistema de transporte. O acesso deve ser facilitado pelo bairro de São Cristóvão, sem comprometer a Avenida Francisco Bicalho. Também pretendemos expandir o VLT até as estações Leopoldina e São Cristóvão, facilitando a conexão com trem e metrô.

Ao contrário do que alguns argumentam, o novo estádio não prejudica o Maracanã, que, é notório, tem sofrido com o excesso de jogos (até quatro vezes mais partidas que alguns dos principais estádios europeus), comprometendo até a qualidade do gramado. No ano passado, chegou a receber três jogos em três dias consecutivos, uma maratona que acelera o desgaste da estrutura. O Maracanã tem uma importante dimensão pública e jamais poderia pertencer a apenas um clube. É um patrimônio de todos os cariocas, de todos os brasileiros. Seu papel deve se assemelhar ao de Wembley, em Londres, que convive em equilíbrio com os múltiplos estádios de grandes clubes na cidade.

Fui eleito prefeito do Rio três vezes, sendo vascaíno e portelense. É subestimar a inteligência do carioca achar que o voto é movido por paixões clubísticas. Tratando-se de eleições, só há espaço para uma paixão, a paixão pelo Rio.

*Eduardo Paes é prefeito do Rio

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