Washington Olivetto
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Antigamente, uma canção de enorme sucesso dizia: Não confie em ninguém com mais de 30 anos. Hoje, uma canção de enorme sucesso teria de dizer: Não confie em ninguém com menos de 60.

O rolling stone Mick Jagger, aos 80, acaba de lançar o álbum “Hackney diamonds”, que tem Stevie Wonder, Elton John e Lady Gaga como convidados especiais. Trata-se do mais rock & roll disco de rock & roll dos últimos tempos.

Paul McCartney, que fez 81 em junho passado, e Ringo Starr, que já chegou aos 83, usaram a inteligência artificial para reunir de volta os quatro beatles e produzir um vídeo com a última canção que John Lennon criou para o grupo nos anos 1970. Chama-se “Now and then”, e não dá para entender como essa canção passou mais de 50 anos inédita.

Caetano Veloso, que completou 81 em 7 de agosto, acaba de fazer uma temporada de shows na Europa. Em Roma, ele foi recebido pelo Papa Francisco, que, aos 87 incompletos, continua roqueiro e boleiro: fã de rock progressivo e torcedor do San Lorenzo de Almagro.

Gilberto Gil, que, como Caetano, nasceu em 1942, também fez shows na Europa neste ano. Apresentou-se com uma banda formada por alguns dos seus herdeiros, incluindo a neta Flor, que, quando canta com ele, não parece neta; parece namorada.

Lulu Santos, que é um menino de 70, continua levando plateias ao delírio em seus shows, coisa que o também garoto e herói patropi Jorge Ben Jor faz nos seus incríveis espetáculos com mais de duas horas e meia de duração.

Neste ano de 2023, os sessentões Titãs completaram 40 anos de estrada e estão comemorando com o grupo original reunido, numa série de apresentações em grandes estádios.

Temos os meninos dos Titãs, mas temos também a menina Madonna, que, aos 65, faz a turnê Celebration. São 78 shows entre Europa e Estados Unidos, com direito à maior parte das canções que marcaram sua carreira.

Turnê gigante como a de Madonna é a de Elton John, que, aos 76, jura que está se despedindo dos espetáculos ao vivo, coisa em que fica difícil de acreditar quando se vê sua vitalidade nos palcos.

Falei da turma da música, mas outros talentos com mais de 60 continuam brilhando em diversas atividades.

Robert De Niro voltou a ser pai aos quase 80 anos e tem estrelado novos filmes.

Martin Scorsese, 81 anos, acaba de lançar “Assassinos da Lua das Flores”, considerado ainda melhor que seus clássicos “Taxi driver” e “Touro indomável”.

Margareth Dalcolmo, que tem invisíveis 69 anos, recebe diariamente merecidas homenagens enquanto se dedica a importantes causas sociais, como a luta contra a liberação do cigarro eletrônico no Brasil, porcaria que faz ainda mais mal que o cigarro convencional, porque contém mais nicotina.

O chef Laurent Suaudeau, que está com 66 bem vividos, mantém seu consagrado instituto gastronômico em São Paulo e se prepara para, em 2024, abrir uma nova escola de alta gastronomia na Provença francesa.

Paulo Niemeyer Filho, um dos maiores neurocirurgiões do mundo, aos 71, dá consulta, opera, dirige o instituto que leva o nome de seu pai e ainda encontra tempo para participar das reuniões da Academia Brasileira de Letras.

Angela Merkel, aos 69, continua percebida como a grande líder da Comunidade Europeia.

David Hockney, aos 86, permanece trabalhando como pintor, escultor, cenógrafo, fotógrafo e gravador.

E Mario Vargas Llosa, aos 87, declara que “Le dedico mi silencio” será seu último livro, mas anuncia que está escrevendo um ensaio sobre seu ídolo Jean-Paul Sartre.

Voltando ao pessoal da música, Marcos Valle, que no século passado fez grande sucesso com a canção “Com mais de 30”, no último 14 de setembro completou 80 anos, com show comemorativo no Circo Voador. No dia a dia, ele continua, à distância e ao vivo, fazendo sucesso nos Estados Unidos, na Europa e no Japão, onde sua canção “Samba de verão”, com diferentes arranjos, é aplaudida como uma das melhores e mais gravadas do mundo em todos os tempos.

Confiem.

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