No ar como Lucinda em “Terra e paixão”, Débora Falabella conta que precisou se acostumar novamente com o ritmo de novela. O seu trabalho mais recente no formato tinha sido há seis anos, em “A força do querer”:
— Eu estava há bastante tempo sem fazer novela e tinha esquecido como é intenso o ritmo de trabalho e como é preciso se manter em alerta e presente para o papel por tanto tempo. Ainda mais quando se tem uma personagem tão forte, é difícil conseguir manter essa qualidade de trabalho e a concentração. Eu estou adorando.
Ela acrescenta que a repercussão da Lucinda, mulher que lida com a violência doméstica e o alcoolismo do marido, Andrade (Ângelo Antonio), tem sido muito positiva:
— Eu acho que as pessoas, principalmente aquelas que passaram por situações parecidas, se identificam muito com a Lucinda. Tenho recebido mensagens nas redes e e-mails de mulheres que se viram no drama dela. A novela é muito bem escrita e mostra como é difícil sair dessa situação.
Na internet, o público tem acompanhado também a amizade entre Débora e Tata Werneck nos bastidores de “Terra e paixão. A atriz conta que elas não se conheciam antes da novela:
— A Tata já era uma grande amiga do meu marido (o diretor Fernando Fraiha), e eu tinha muita vontade de trabalhar com ela, porque sou fã e acho uma atriz genial. Tem sido um encontro muito feliz. A relação das nossas personagens da novela é muito bonita. Eu me identifico pra caramba, porque, na vida real, a minha irmã também é minha melhor amiga.
A atriz, que sempre foi mais reservada com relação à vida pessoal, ficou mais ativa nos últimos tempos na web e hoje supera um milhão de seguidores no Instagram:
— As redes sociais nos dão a possibilidade de divulgar o nosso trabalho e ter um retorno sobre eles. Claro que cada um tem os seus limites sobre o que postar. É importante saber o seu. Eu me porto nas minhas redes da mesma maneira do que numa entrevista, por exemplo. Eu tenho curtido usar. Enquanto estiver confortável e divertido, eu vou seguir fazendo. Se um dia não estiver mais, eu paro.
Débora está casada desde novembro do ano passado com Fernando Fraiha. Antes de ficarem juntos, os dois trabalharam no filme “Bem-vinda, Violeta!”, dirigido por ele e estrelado por ela. Recentemente, o casal voltou a se encontrar nos sets, no longa “Chico Bento e a Goiabeira Maraviósa”, novo live-action inspirado na Turma da Mônica, que ela rodou paralelamente à novela:
— Eu adorei trabalhar com ele antes de sermos casados e continuo adorando. Compartilhamos a paixão pelo nosso trabalho. Acho isso muito importante. Temos várias ideias em parceria, entre elas um filme e um núcleo de estudos. Tem um projeto meu também de longa que talvez eu faça com a Biônica, a produtora dele.
Débora ainda se prepara para dirigir o seu primeiro longa-metragem, que será inspirado no drama surrealista “Mantenha fora do alcance do bebê”, de Silvia Gomez. Ela já estrelou uma peça baseada na história:
— Ela trata de maternidade e feminismo de uma forma muito delirante. Depois de muito tempo refletindo, decidi que quero encarar esse desafio de dirigir. Não sei se vou atuar também, como fiz no teatro, porque a direção já é bastante coisa.