Longe da TV, Gustavo Leão fala da vida como chef de cozinha nos EUA e do grave acidente que destruiu seu negócio: 'Prejuízo grande'

— Eu acabei pegando uma tempestade muito forte e resolvi parar o carro (que puxava o food truck) porque estava perigoso dirigir. Quando a chuva passou, eu voltei, mas a pista ainda estava molhada. Quando eu estava numa das avenidas principais, o carro aquaplanou, e eu perdi o controle. O trailer capotou por cima do carro. Foi por pouco. Eu não tive nada, mas o trailer e o carro se destruíram completamente. Deu perda total nos dois. O prejuízo foi grande. Apesar de ter seguro em tudo, tive que cancelar três meses de eventos até meu trailer novo ficar pronto. Mas pelo menos eu estou vivo para correr atrás de tudo de novo.

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Além dos clientes americanos, ele conta que atende muitos brasileiros e sempre é reconhecido pelo trabalho na TV. O ator, de 36 anos, fez novelas como "Floribella" (2005), na Band, e "Paraíso tropical" (2007) e "Ti-ti-ti" (2010), na TV Globo. Seu último trabalho foi em "O Rico e Lázaro", de 2017, na Record:

— Sempre gostei muito de cozinhar. Por volta de 2015, falei que queria começar a estudar, mas ainda tinha um contrato com a Record. Então comecei a fazer cursos on-line. Depois tive ideia de ir embora para o Canadá porque consegui uma vaga em um curso de culinária muito bom. Em seis meses mudamos completamente a nossa vida, vendemos apartamento e tudo.

Ele vive com a mulher, Pamella, e a filha de 1 ano e quatro meses. O casal espera o segundo filho, que deve nascer em novembro. Antes de abrir seu food truck, em julho do ano passado, Gustavo Leão chegou a chefiar dois restaurantes na Disney:

— A primeira vez que eu pisei numa cozinha de restaurante eu me apaixonei. Falei: "Gostei disso, quero continuar". Aquele bichinho me picou, assim como quando fui fazer televisão pela primeira vez. Eu não queria ficar engessado em uma coisa só. A televisão sempre foi isso, altos e baixos. Tem ano que você trabalha bem pra caramba e tem ano que não. Sabia que uma hora a televisão ia ficar mais difícil. Queria fazer uma coisa de que eu também gostasse, mas jamais imaginei que a culinária seria essa segunda opção. Aí, quando comecei a cozinhar, percebi que gosto tanto quanto de fazer novela.

Ele não descarta voltar a atuar:

— Eu voltaria. Depende da proposta. Hoje tenho o meu food truck que demanda muito tempo de mim. E está dando certo, as pessoas estão gostando, estou me dedicando muito. Para fazer algo no Brasil, teria que me organizar aqui primeiro. Mas nunca fecho portas para lugar nenhum. Não fecho na culinária e também não fecharia na atuação, que foi o que me projetou. Hoje nossa vida está aqui. Se surgir algum trabalho no Brasil, seria para fazer e voltar. Meu foco principal é o meu food truck.