Thaís de Campos está no ar na Globo na reprise de “Mulheres de areia”. Na novela de 1993, ela interpretou Arlete, sobrinha de Virgílio (Raul Cortez), com quem foi morar após a morte dos pais. A atriz diz que se impressiona com a força da produção tantos anos depois da sua exibição original:
— É uma novela realmente atemporal. Quando a trama é boa e o elenco e a direção, acertados, acontece isso. O Wolf Maya (diretor) já tinha naquela época uma sensibilidade e uma modernidade impressionantes. Foi um trabalho muito gostoso de se fazer, com uma equipe muita unida. E esse entusiasmo e clima transpareceram na tela. Esse é o segredo do sucesso.
A atriz também participou da versão original de “Elas por elas”, novela cujo remake estreará nesta segunda-feira (25) na faixa das 18h:
— O Cassiano (Gabus Mendes, autor) era um mago da comédia. Foi o meu primeiro papel fixo numa novela. Tive a sorte de estar no núcleo da Vivinha (Eva Wilma, que interpretou a mãe de sua personagem, Cris). Ela realmente era uma profissional impecável e uma pessoa maravilhosa. Eu era muito novinha. Ela me acolheu de uma forma incrível. Muito tempo depois, a gente acabou fazendo uma dupla em “Fina estampa” (2011). Nesta novela, as nossas personagens, de uma forma muito sutil, eram praticamente namoradas. Foi um reencontro maravilhoso.
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Thaís, que completará 60 anos em novembro, está longe das novelas desde 2015, quando fez “Boogie oogie”. Além de atriz, ela é professora de artes cênicas há três décadas:
— Como tem várias novelas comigo voltando ao ar, estou sentindo vontade de retomar a minha carreira de atriz. Esse lado ficou um pouco adormecido nos últimos anos. Já comecei a ler alguns textos e estou pensando sobre essa volta.
Casada com o português Paulo Bandeira há 20 anos, ela se divide entre Brasil e Portugal:
— Teve uma época que ele foi morar comigo no Brasil e depois, durante dois anos, eu fiquei no Brasil e ele, em Portugal, vindo me ver a cada 15 dias. Quando a nossa filha, Carolina, fez 12 anos, decidi me mudar de vez para a Europa. Foi uma escolha pela questão de segurança. Ela estava entrando na adolescência, começando a querer sair, e eu ficava insegura com isso no Rio, principalmente porque já tinha passado por isso com a minha filha mais velha (Clara, de 25 anos, do seu casamento anterior). Tem sete anos que o meu porto é por aqui, mas, pelo menos duas vezes ao ano eu vou ao Brasil.
Clara mora em São Paulo e é mãe de Ayra, a primeira neta da atriz, que está com 1 ano e meio. Um pouco depois, Camila, sua enteada, também teve uma menina, Felipa:
— Gosto muito de cuidar das pessoas, sempre fui muito mãe. Então, ser avó é para mim uma continuidade dessa essência. Inclusive, quando fui mãe, me tornei melhor companheira. Antes, agia muito como mãe dos meus homens, e isso atrapalha. Poder estar curtindo isso de novo agora como avó é maravilhoso.