Carol Barcellos nunca imaginou que seu trabalho como jornalista seria atrelado ao esporte. Mas, por uma feliz coincidência, as duas paixões se uniram. Mesmo quando não está nos estúdios do "Bom dia, Brasil" apresentando o bloco esportivo, a jornalista continua cheia de adrenalina. Frequentadora de maratonas há 13 anos, ela confessa que chegou a pensar em parar nesta última, realizada em Nova Iorque há poucas semanas. Um dos motivos é a filha, Júlia, de 11 anos:
— Fui para Nova Iorque falando que seria minha última maratona. Amo correr, mas o treinamento é sempre um malabarismo: conseguir trabalhar, treinar e não perder tanto tempo com ela, que hoje é uma prioridade para mim. Quando saio cedo em um fim de semana para treinar, deixo de tomar um café da manhã com calma com ela, e isso tem muito valor para mim. Faço muita questão desses momentos. Cada vez mais ela vai ficar independente e tocar a vida. E, por isso, pela demanda e pela rotina, eu tinha falado que seria a última. Mas fui tão feliz nos 42 quilômetros. Corri a prova inteira sorrindo. Celebrando ter saúde, ter vontade e ter desejo de estar ali. E ver tanta gente lutando junto foi tão especial e tão forte. Não sei se consigo parar de correr maratona. Me imagino, por muitos anos da minha vida ainda, correndo. Passei por ela no quilômetro 20 para o 21 e estava eufórica gritando, com uma foto na mão. Está vendo e sentindo o quanto é bonito e especial.
Júlia herdou o gosto por atividades físicas, mas não por corridas. A menina faz balé e jazz e está jogando tênis:
— Ela tem o esporte sempre muito presente na vida dela por ser filha de dois jornalistas que trabalham com esporte. O pai dela (Bruno Côrtes) também sempre praticou esporte. Agora ela tem dado sinais de que o tênis é um esporte especial. Tem tido vontade de treinar com mais frequência e se dedicar mais. É um esporte que nunca pratiquei, que acho lindo, e vou fazer tudo o que eu puder e que estiver ao meu alcance para que ela viva essa experiência da forma mais bonita e não necessariamente se tornando atleta profissional. Acredito muito na força que o esporte tem na nossa vida, na formação de uma pessoa.
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Carol ainda não se inscreveu numa maratona para 2024. A jornalista pensa em descansar, mesmo tendo mudado de ideia quanto à aposentadoria de corridas longas:
— É um esporte que me equilibra e me conecta. Sou agitada, ansiosa. A corrida me coloca no "lugar". Todo ciclo de maratona exige muitas adaptações, mas, por eu não ter uma rotina fixa no trabalho, raramente treino de manhã cedo e faço um longo no domingo. Acontece muita coisa na nossa vida durante um ciclo. Você faz um ciclo de quatro meses, às vezes cinco, e tem que estar comprometido com a prova longa, que exige. Corrida não é um esporte solitário. Tenho o mesmo preparador físico há anos, a mesma pessoa que faz a planilha e a mesma nutricionista. E a família. Esta foi a primeira vez que a Júlia foi comigo. A corrida é muito presente não só na minha vida pessoal, mas profissional também. Eu queria que a minha filha sentisse e entendesse a importância que a corrida tem na minha vida. E ela viu. Estou voltando a correr.