Entrevistas
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Por Anna Luiza Santiago

Uma das atrizes brasileiras com maior número de participações em novelas — são mais de 40, contando folhetins da extinta TV Tupi —, Ana Rosa também explora outras formas de contar histórias. Aos 81 anos, ela está no elenco de “Horizonte”, longa de Rafael Calomeni que chega hoje aos cinemas. Ela interpreta Jandira, uma mulher de 75 anos que vive em uma vila de idosos. É lá que ela conhece Rui (Raymundo de Sousa) e experimenta a sensação de se apaixonar já na terceira idade. Para a atriz, a representatividade do tema foi um dos fatores que mais chamou atenção no roteiro.

— O filme mostra como é possível se apaixonar novamente depois dos 60, 70 anos. Hoje, felizmente, já não existe tanto preconceito, mas houve um tempo em que havia vergonha de demonstrar esse amor. Parece que paixonite, amor e romance são prerrogativas apenas dos jovens; portanto, esse é um aspecto muito importante do filme. É mais comum do que pensamos. Eu estou viúva desde 2006, mas tive alguns romances passageiros, e outros amigos meus também se apaixonaram. A ideia é mostrar não só que é possível, mas também que é bonito — analisa Ana Rosa.

Ana também revela que outra característica da personagem a interessou quando leu o roteiro: a resiliência.

— Ela é uma mulher muito forte. Quando resolve romper com tudo e sair de casa, foi uma atitude muito corajosa. E apesar de não querer um novo amor e estar inicialmente fechada para qualquer novo romance, se deixa vencer pelo carinho, pela sinceridade e pelo amor que o Rui demonstra. E essa característica é algo que me impacta nesta idade — pontua.

A atriz não poderá celebrar ao lado de seus colegas de cena o lançamento do filme. Ela está em Portugal com a família e só volta ao Brasil em maio. A filha Ana Beatriz e os netos Matheus e Tomás moram no Porto. Desde 2017, quando a filha se mudou para o país, Ana divide seu tempo entre os dois continentes, passando cerca de três meses por ano na Europa.

— São muitas diferenças, começando pelo clima. Da primeira vez que eu vim, no inverno, voltei mais cedo do que pretendia. Fiquei com alergia, rinite, então agora eu só venho no verão. Aqui tudo é perto, já conhecemos a Espanha, Suíça, Itália, França, tudo de trem. Em três horas, você consegue chegar em quase toda a Europa. A questão da segurança também é bem diferente.

Ela, no entanto, valoriza um aspecto da cultura brasileira que não encontra lá:

— Nós somos mais abertos, mais comunicativos, fazemos amizade mais rápido. Aqui, as pessoas são mais cautelosas. Muitas novelas passam aqui, achei que ninguém iria me reconhecer, mas algumas pessoas vêm e perguntam: 'A senhora não é aquela atriz?'

Mesmo ficando fora do país durante uma parte do ano, Ana faz questão de manter as relações profissionais encaminhadas. Foi assim que fez, no ano passado, a quarta montagem da peça espírita "Violetas na Janela", que escreveu com o ex-marido Guilherme Corrêa, que morreu em 2006. A obra, baseada no livro homônimo psicografado por Vera Lúcia Marinzeck, aborda a vida após a morte e foi montada pela primeira vez em 1997. Na encenação, que ficou em cartaz no Rio até o final de 2023, a atriz viveu no palco um encontro especial, ao contracenar e dirigir Yasmim Santanna, filha de seu primeiro marido, o ex-'Trapalhão' Dedé Santana.

A atriz conta que mantém boa relação com Dedé, com quem foi casada de 1958 a 1961, até os dias de hoje. Foi por intermédio da filha que teve com ele, Maria Leone, que conheceu Yasmin e a convidou para participar do espetáculo.

— Como amigos, eu e o Dedé nos damos muito melhor do que quando fomos casados. E a Maria sempre manteve contato com a família do pai, ela sempre se deu muito bem com todos os irmãos. Ela me contou que a Yasmin estava fazendo escola dramática, então a convidei para jantar. Ela já tinha experiências em outras peças e também no circo, com o Dedé. Nós lemos o texto, ensaiamos dois meses, e ela fez o papel lindamente, e tem crescido bastante — conta.

Hoje, com os netos já mais crescidos — o mais velho tem oito anos, e o mais novo, quatro — Ana deixa em aberto a possibilidade de voltar a gravar no Brasil.

— Durante esses anos, recebi convites para participar de novelas, mas precisaria ficar muitos meses no Brasil. Agora, os meninos estão mais velhos, o Matheus vai fazer nove anos e o Tomás já tem quatro, então já estou considerando a possibilidade de passar mais tempo no Brasil para assumir algum trabalho mais longo — conclui Ana.

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