Entrevistas
PUBLICIDADE

Por Anna Luiza Santiago

Depois de 18 anos, Fernando Pavão voltará à TV Globo como o ambicioso Mathias, de "Família é tudo", a próxima novela das 19h, que estreia próximo dia 4.

— Eu fiquei muito feliz com essa recolocação no mercado. Depois de tantos anos numa outra emissora, fiquei apreensivo no começo, quando saí da Record, mas acho que é um processo natural. O convite aconteceu no momento certo, eu dei uma descansada da imagem. Existe uma certa preocupação em ficar vinculado a uma emissora. É uma preocupação ultrapassada, mas ainda existe. Hoje em dia a realidade do mercado é completamente outra e a gente está aberto. Está todo mundo na pista e disponível para novos trabalhos. Fiquei muito contente por essa volta ser em um trabalho do Daniel Ortiz. Ele sabe contar uma boa história, é um cara que fez outras novelas de bastante sucesso no horário das 19h.

Em "Família é tudo", Mathias é noivo de Vênus (Nathalia Dill), em quem aplica um golpe logo nos primeiros capítulos e depois foge com a amante, Gina (Livia Rossy).

— Ele é um cara com um caráter muito duvidoso e se aproxima da Vênus desde o início para conquistar um lugar nos negócios. É muito ardiloso, ambicioso e leva uma vida dupla. É um personagem divertidíssimo de fazer, porque é a oportunidade de fazer dois personagens em um.

Com o retorno à Globo, Pavão comemora a possibilidade de reencontrar velhos amigos e de trabalhar ao lado de novos colegas, como Nathalia Dill, Renato Góes e Livia Rossy.

— Foi muito legal ter conhecido a Nathalia. É uma atriz de muita sensibilidade, muita força. O Renato eu já conhecia, mas nunca tínhamos trabalhado juntos, e a Livia eu já tinha feito dois ou três trabalhos com ela. Então, a gente vai reencontrando a turma pelo meio do caminho, isso é sempre muito bom.

O ator fala sobre trabalhar numa novela que tem a família como tema principal, até mesmo no seu título:

— Esse título é definitivo, fala por si e se resume nele mesmo. Família é tudo, é a base da minha vida, é o que me dá sustentação emocional, é o que me dá o caminho, o farol. O motivo pelo qual eu faço todas as minhas coisas e planejo a minha vida é sempre em função da minha família. É um título muito bem colocado principalmente nesse momento. É sempre muito importante alguns valores serem resgatados, exaltados.

Pavão ressalta a importância da família:

— A gente precisa valorizar a família numa época em que as relações são tão frágeis. Quando se começa um relacionamento, as pessoas não pensam exatamente em construir uma família. Talvez um tempo atrás se pensasse mais assim. Sem querer fazer juízo de valor, de maneira alguma. Cada um escolhe seu caminho. Mas nesse momento eu acho que é alguma coisa para a gente repensar relações mesmo, o quanto elas são importantes, o quanto merecem o nosso investimento emocional, de tempo, e valorizar aquilo que realmente importa.

Casado com a produtora Maria Elisa Machado há mais de 10 anos, o ator afirma que o casamento o tornou uma pessoa melhor e que não acha difícil manter uma relação de tanto tempo:

— Não acho complicado (manter um casamento longo) desde que você esteja disposto para investir o seu melhor. Se você tiver disposição e entender que uma relação vai mudando e se transformando com o tempo, é o maior barato. É uma troca, uma parceria de vida. Eu não consigo me ver sozinho. Gosto de estabelecer essa parceria, de caminhar junto. Tenho isso com a Maria, que é a minha esposa. Existem as mudanças naturais, filhos... Isso vai invadindo a sua vida e a relação vai naturalmente se transformando, mas a minha foi uma transformação para melhor. Eu sou um cara muito melhor hoje, muito mais compreensivo. Tenho um olhar especial para o outro. Me considerava individualista quando mais jovem e a família te dá isso, te dá esse olhar para o outro.

Aos 52 anos, o ator conta que se diverte com o título de galã:

— Não entendo muito esse título, de verdade. O que é ser galã? Eu tento sempre levar como um elogio, levo numa boa, mas acho que a carreira é bem mais que isso. Nunca pautei minha carreira no aspecto físico, na aparência. Eu sou, sim, um cara que se cuida bastante, pratico muito esporte, tenho um estilo de vida que, talvez pela minha idade, me faça parecer bem conservado. Mas isso é uma coisa natural para mim, eu sempre pratiquei esporte, levo um estilo de vida saudável, se é que se pode dizer assim. Sempre briguei muito, desde a época da Record, para fazer personagens diferentes, para não cair na mesmice de fazer o galã. Então, essa coisa do galã eu deixo para o olhar das pessoas. Acho divertido.

Com mais de 20 anos de carreira, Pavão diz que se sente realizado e ainda se vê trabalhando por muito tempo:

— Depois de todo esse tempo, eu me enxergo ainda no caminho, ainda na caminhada, na estrada, com um monte de coisa que eu ainda desejo fazer. Gosto demais de trabalhar, sempre que não estou fazendo televisão, estou no teatro. Esse processo de estar sempre envolvido em alguma coisa é uma busca permanente e isso de uma certa maneira me trouxe também esse lugar um pouco mais seguro com relação a carreira — afirma.

Ele diz que o que mudou após tantos anos de carreira:

— Quando a gente começa, tem muita insegurança. É uma careira muito incerta do ponto de vista financeiro. É muito difícil a gente conseguir um espaço, se estabelecer num espaço, o ator não tem vida fácil no Brasil. Eu valorizo demais quem continua na profissão durante tanto tempo. Adoro contracenar com bons atores, estar no set com bons atores, para mim é uma coisa que engrandece demais, um aprendizado. Quero continuar fazendo isso por muito tempo. O privilégio da carreira do ator é você poder fazer isso até você morrer, porque existem personagens de todas as idades. É uma profissão linda, acima de tudo, por causa disso. Você pode trabalhar até o dia em que você não tiver mais forças para trabalhar — finaliza.

Mais recente Próxima Humorista Fábio de Luca revela que chegou a pesar 193kg após depressão e fala sobre processo de emagrecimento em spa: 'Período de renovação total'
Mais do Globo

Segundo comunicado da Guarda Revolucionária, Israel foi 'apoiado pelos Estados Unidos' no ataque

Guarda Revolucionária do Irã afirma que líder do Hamas morreu em ataque de 'projétil de curto alcance'

Atletas se enfrentam no início da tarde

Adversária de boxeadora da Argélia por medalha, húngara luta com gritos estilo Guga, do tênis

Cantor precisou cancelar show por recomendação médica

Lulu Santos é internado com sintomas de dengue no Rio de Janeiro

Erik Cardoso, Felipe Bardi e Paulo André não conseguiram se classificar para as semifinais da prova

Entenda por que a melhor geração de brasileiros dos 100m no atletismo termina os Jogos de Paris sem medalha

Podem se vacinar pessoas com 5 anos ou mais: 'o objetivo é aproveitar as doses descongeladas que valem até esta data', diz secretaria

Rio tem último dia de vacinação contra variante da Covid-19 neste sábado (3); saiba onde receber o imunizante

Prefeito do Rio diz que presidente vai liderar reunião com a Caixa e ministério responsável pelo patrimônio da União nas próximas semanas

Estádio do Flamengo: Eduardo Paes revela bastidores de conversa com Lula sobre terreno

Pacientes internados em hospitais que realizaram a pesquisa tiveram 33% menos chance de serem acometidos pela infecção

Pneumonia: escovar os dentes 2 vezes ao dia pode ajudar a afastar doença, diz estudo da Harvard

Classificada para as quartas de final, Imane Khelif enfrentará a húngara Luca Anna Hamori

Boxeadora da Argélia alvo de polêmicas pode garantir medalha hoje, saiba horário da luta