Roberto Kovalick fala das novidades do 'Hora 1', das mudanças após se tornar corredor e do casamento

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— Eu, pessoalmente, estou muito feliz com este novo projeto e este novo cenário. Eu tenho alguma experiência de estrada, são mais de 30 anos como jornalista. Comecei numa época em que a tecnologia era muito precária. A gente sequer podia sonhar com o que a gente está alcançando agora em termos de tecnologia, cenário, receptividade, comunicação com o público. A possibilidade de levar novos conteúdos e ter esse diálogo de manhã é empolgante.

Um dos desafios é se ambientar no novo espaço. Para que tudo corra bem na estreia, Kovalick e sua equipe estão gravando vários pilotos e ajustando todos os detalhes:

— A gente está fazendo o piloto todos os dias. A gente precisa dominar o espaço. A pior coisa para o apresentador é não dominar o espaço que ele ocupa. Não saber aonde vai chegar, quantos passos tem que dar, como se movimentar... No caso do "Hora 1", são duas ou três pessoas. Não podemos ficar na frente da câmera da outra pessoa, temos que saber essas marcações. Embora seja o mesmo cenário em termos de tamanho, ele tem uma dimensão visualmente muito maior.

Depois de quatro anos à frente do noticiário, que vai ao ar na madrugada, Kovalick já está acostumado com a rotina de trabalho:

— É uma rotina desafiadora, obviamente. Inverter o horário de trabalho tem seus desafios. Mas eu já estou acostumado, minha família já está acostumada a me ver dormir cedo, acordar à noite e estar na TV por volta de meia-noite para preparar o jornal do dia seguinte. No começo foi bem mais desafiador, agora vida que segue. Nós, seres humanos, somos muito mais fortes do que imaginamos.

Sucesso no ano passado, o quadro "Correndo com o Hora 1" ganhará uma segunda temporada este ano. Depois de correr a São Silvestre, em 2024 o desafio de Kovalick será outro: enfrentar uma meia-maratona.

— Não posso dar muitos detalhes ainda. Em breve a gente vai anunciar o calendário, porque vão ser várias corridas, culminando numa meia-maratona. Ou seja, ano passado eu corri 15km, e agora vão ser 21km. Só posso adiantar que está um sucesso — diz ele, que já começou a preparação: — Se você tivesse me perguntado um ano atrás se eu pensaria em correr uma meia-maratona, eu diria: "É impossível, nunca vou fazer na vida". Depois de correr uma São Silvestre, eu digo: "Não só é possível como eu vou fazer".

Kovalick conta que sua qualidade de vida aumentou muito depois que se tornou corredor. Além disso, ele perdeu peso e ganhou músculos:

— A gente não tem disposição para correr ou fazer exercício. A gente corre e faz exercício para ter disposição. É o inverso. Além disso, eu emagreci. Estou mais elegante no ar. O terno cabe melhor. No cenário anterior, (a câmera) pegava meio corpo, da cintura para cima. Agora a gente vai mostrar todo o cenário e todas as possibilidades. Eu estava olhando esses dias e pensei: "Cara, eu tenho que ficar do jeito que eu estou, porque eu estou mais elegante assim". Eu fico andando de um lado para o outro na frente do telão, então eu tenho que estar enxuto, o terno precisa estar bem fechado. No último teste que eu fiz, eu vi que não perdi muito peso, eu perdi gordura e ganhei massa magra. Perdi 10kg de gordura, mais ou menos, e ganhei 5kg de músculo. Eu perdi pouco peso, 5kg. Mas a diferença brutal está nisso, eu perdi muita gordura e ganhei músculo.

O jornalista comemora o retorno do público, que sempre faz questão de falar com ele durante seus treinos no Parque do Ibirapuera, em São Paulo:

— É impressionante. Eu fui andar de bicicleta com a minha filha, ela vai andando, e eu vou correndo atrás dela. Uma galera veio falar comigo. Ela fica impressionada: "Nossa, papai, que legal". Imagina, uma menina de 9 anos. Ela fica toda orgulhosa.

Roberto Kovalick é casado há 29 anos com Karina Kovalick. Ele procura ser discreto em sua vida pessoal, mas entende o interesse do público:

— Eu procuro ser muito discreto principalmente em relação à minha filha, a gente vive num país com uma certa insegurança. Mas a minha filha adora postar na internet, ver a foto dela, adora ver a nossa família. Mas eu mantenho o equilíbrio, porque as pessoas têm essa curiosidade. Hoje em dia no nosso trabalho, até em função das redes sociais, estamos mais próximos das pessoas. Elas gostam de saber um pouquinho mais da gente. No "Hora 1", a gente tem também essa grande preocupação de ser uma família. O telespectador faz parte da nossa família, a gente toma café da manhã com ele todos os dias.

O jornalista conta o que fez seu casamento duradouro e feliz:

— Viver um dia de cada vez, como tudo na vida, tentando ser o melhor possível. Ano que vem serão 30 anos de casados. A gente tem que viver o presente, o momento, curtir a felicidade. A gente é feliz e sabe disso. Esse é o segredo. Quando você vê, já passaram 30 anos.