Entrevistas
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Por Anna Luiza Santiago

Conhecida principalmente pelo seu trabalho como atriz, Isabel Fillardis tem se dedicado a outra paixão: a música. Ela iniciou uma série de apresentações em São Paulo com o show "Refeita", que reúne diferentes influências da black music.

— É a minha volta como cantora, só que agora como solo. Fiz parte do grupo "As sublimes", nos anos 1990, e depois a atriz consumiu um bocado mais de mim do que a cantora. Já fiz alguns shows no interior e agora estou estreando em São Paulo — explica ela, que fez a novela "Amor perfeito" em 2023 e gravou uma participação na reta final de "Fuzuê" este ano.

A volta aos palcos tem um significado ainda mais especial por conta do câncer que ela enfrentou:

— O diagnóstico veio há dez anos. Fiquei com medo, porque o câncer era maligno, mas tive a sorte de ter descoberto no início do processo. Acabei fazendo duas cirurgias e fiquei sem a parte esquerda da língua. Tive medo de não poder falar normalmente, mas graças a Deus deu tudo certo. Precisei de um trabalho robusto de fonoaudiologia.

No espetáculo, interpreta sucessos de nomes como Sandra de Sá, Tim Maia e Al Green. A escolha dos artistas, aponta Isabel, é um reflexo da sua ligação com o movimento negro. Ela inclusive atua como embaixadora do Pacto de Promoção da Igualdade Racial, uma iniciativa que visa à implementação de práticas para tentar atingir a igualdade através de uma perspectiva econômica:

— A gente está começando a colher os frutos do que o movimento iniciou lá atrás. Os que vieram antes da gente pegaram uma pedreira violenta. Hoje o Brasil se reconhece racista, e a gente pode falar sobre isso, antigamente isso nem se mencionava. Estamos no meio de um processo de evolução e revolução ao mesmo tempo. É difícil, doloroso, mas todos precisamos meter a mão na cumbuca para resolver essa questão. Em todas as áreas e em várias vertentes, no mercado privado e, principalmente, na educação, a gente precisa falar sobre isso.

Outro projeto de Isabel para este ano é uma autobiografia. A atriz e cantora, de 50 anos, já começou a escrever o livro, que será publicado pela editora Ubook:

— Vou fazer o possível para lançar em novembro deste ano. Eu escrevo sozinha, mas tem sempre um ghost writer que corrige, dá uma olhada para ver se está tudo certinho, se não tem algum erro.

Isabel concilia tudo isso com os cuidados com os três filhos. A mais velha, Analuz, recebeu um diagnóstico tardio de transtorno de ansiedade generalizada, aos 23 anos; Jamal, o do meio, hoje tem 20 anos e precisa de maiores cuidados por ter desenvolvido a Síndrome de West na infância, afetando seu desenvolvimento; e Kalel, de 10, foi diagnosticado com TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade):

— Sou provedora, mãe atípica três vezes, então eu preciso trabalhar. Eu fui escolhida, não tem outra palavra. É uma viagem diferenciada. Eu sou uma mãe que fala três línguas completamente diferentes, não pelas idades em si, mas pelos seres humanos com suas diferentes complexidades que a vida me deu.

Isabel Fillardis com os três filhos — Foto: Reprodução/Instagram
Isabel Fillardis com os três filhos — Foto: Reprodução/Instagram
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