Entrevistas
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Por Anna Luiza Santiago

Camila Senna pode ser um nome novo para quem acompanha o mercado audiovisual, mas seu sobrenome é bem familiar para os brasileiros. A atriz, de 30 anos, prima de segunda grau do ex-piloto de Fórmula 1 Ayrton Senna, começou a carreira nos EUA.

— A minha família não gostava (de falar sobre isso). Sempre que perguntavam eles falavam que não (eram parentes), porque, sei lá, achavam que iriam olhar para eles com outros olhos. E, como a gente não tinha muito contato, era quase como se a minha família se sentisse impostora. Quando eu era pequena e falava, as pessoas não acreditavam em mim. Eu não entendia. Eu acho que fui entender mesmo quando eu assisti a um documentário dele. Foi aí que eu entendi realmente quem ele foi e o impacto que teve para os brasileiros — explica ela.

Camila conta que o afastamento entre os familiares foi natural:

— Minha mãe e o Ayrton brincavam muito quando eram pequenos, mas, depois de um tempo, na parte da adolescência, eles perderam total o contato. Até porque ele teve a carreira dele, foi para outros lugares. Quando eu descobri que ele era da minha família, eu falei: "Eu preciso entender quem é essa pessoa". Porque eu tinha 4 meses quando ele faleceu. Então claro que eu tenho orgulho, por mais que seja distante. Ele fez os brasileiros terem orgulho, e isso é muito especial.

Apesar do sobrenome de peso, a atriz acredita que isso não influenciou na sua carreira:

— Quando meus amigos ou pessoas que trabalham comigo veem algo sobre ele, falam: "Meu Deus, eu nunca imaginei". Lógico, eu não me apresento assim: "Oi, tudo bem? Eu sou Camila, parente do Ayrton Senna". Eu tenho orgulho, e é uma coisa que eu sempre vou levar comigo, mas é a trajetória dele. Eu não quero usar isso para crescer. Eu sempre quis usar o meu talento e a minha história. Eu acho que sou exemplo de que dá para sair do nada e fazer sua carreira acontecer.

Camila mora e trabalha nos EUA há cinco anos. Ela está no elenco da comédia romântica "Música", interpretando uma brasileira. O longa estreou recentemente no Prime Video. A atriz já trabalhou em outros filmes no país, inclusive vivendo uma nativa americana:

— Meu marido é americano. Tenho essa convivência com o inglês o dia inteiro. Acho que eu treinei tanto ali no dia a dia que eu acabei me acostumando. O grande desafio é o sotaque. Como eu tenho uma biotipo mais versátil, que pode ser tanto de americana ou de brasileira, às vezes pego papéis que exigem sotaque zero.

A atriz relembra o início da carreira fora do país:

— Acho que a diferença é que lá o número de projetos é grande. Então eu faço muito teste, chegam oportunidades a todo momento. No Brasil, infelizmente o meio audiovisual ainda tem menos oportunidade.

Camila se prepara para estrear seu primeiro projeto na TV brasileira. Ela está na reta final das gravações da série “A rainha da Pérsia”, da Record, em que interpretará Esme. A produção deve estrear em julho:

— É uma coisa que eu sempre quis e criei muita expectativa. Eu só atuei em inglês para a TV até agora, então é muito louco. Eu tenho facilidade hoje em dia de memorizar em inglês. Mas agora vou poder falar português, o que é maravilhoso. Vou aproveitar essa oportunidade, agarrar com todas as forças e ver o que acontece.

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