Susana Vieira é a convidada do "Conversa com Bial" desta semana. No programa, a atriz vai relembrar papéis e falar do lançamento de sua biografia, “Senhora do meu destino”, escrita junto com o especialista em dramaturgia Mauro Alencar. A entrevista vai ao ar em duas partes, que serão exibidas nesta quinta (9) e na sexta (10), no GNT e na TV Globo.
Na primeira metade da entrevista, Susana relembrará questões de sua vida pessoal, como o diagnóstico de câncer. Em 2015, ela descobriu a Leucemia Linfocítica Crônica.
— Tive preocupação com o cabelo quando eu soube que estava com câncer. Primeiro eu perguntei: "Mas eu vou morrer?". A segunda pergunta foi: "Eu vou ficar careca?". Acho que toda mulher tem essa vaidade. Eu não perdi o humor, não perdi a vontade de viver. Comecei a querer fazer todas as loucuras do mundo. Tipo: ver um anúncio na televisão "primeira classe de uma linha aérea que vai para os Emirados Árabes e tem chuveiro". Eu falei: "Eu vou nesse". Fui para vários lugares de turismo e não morri — conta.
A atriz também vai falar dos momentos de aprendizado da carreira e sobre quando aprendeu a beijar em cena com Tarcísio Meira:
— Beijo técnico é feio. Tarcísio foi a pessoa que me ensinou a beijar na boca com Glória (Menezes) perto, eu morria de medo. Fui a primeira mulher a trabalhar com Tarcísio como par romântico, porque ele só trabalhava com a mulher dele. Ele é o maior galã da televisão brasileira. Como eu era muito baixa, ele colocou uma lista telefônica no chão para ficar no mesmo nível. Era um beijo Hollywoodiano, não botava a língua, mas beijava com categoria.
Na segunda parte da conversa, a atriz, de 81 anos, vai se emocionar ao lembrar da cena em que sua personagem em “Senhora do Destino”, Maria do Carmo, desfilou no Sambódromo da Marquês de Sapucaí, no Rio de Janeiro:
— Não é qualquer um que pode ter esse desfrute, essa bênção. Porque foi uma mistura do Aguinaldo (Silva, autor da novela) com o presidente da escola na época. Eu estava na escola há muito tempo (a Grande Rio). Eu achei que eu devia trazer meu filho para me ver. Era o único momento da minha vida em que eu estaria como Susana Vieira, como Maria do Carmo e como rainha da bateria com 65 anos. Eu sendo respeitada, ouvindo "Maria do Carmo, cadê você? Eu vim aqui só pra te ver".