Política

Advogado de Silveira se recusa a apresentar comprovante de vacinação e provoca atraso no julgamento no STF

Somente após o advogado aceitar fazer um teste de covid-19 e apresentar o resultado negativo é que a sessão foi iniciada
O deputado Daniel Silveira durante votação do seu julgamento no STF Foto: CRISTIANO MARIZ / Agência O Globo
O deputado Daniel Silveira durante votação do seu julgamento no STF Foto: CRISTIANO MARIZ / Agência O Globo

BRASÍLIA — Após o deputado Daniel silveira (União-RJ) ser barrado na entrada do Supremo Tribunal Federal (STF), a entrada do advogado dele no plenário do STF também foi alvo de restrição. Paulo Faria se recusou a apresentar o comprovante de vacinação que é cobrado na entrada da Corte e, por isso, teve o seu acesso vetado ao prédio. A mesma resolução de fevereiro que proíbe a parmanência de público no plenário determina que a entrada na sede da Corte será condicionada à apresentação do passaporte da vacina, ou de um teste negativo. O STF julga nesta quarta-feira ação que pode deixar o deputado Daniel Silveira inelegível .

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Por causa da recusa, o presidente do Supremo, Luiz Fux, determinou que a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) seja oficiada para investigar a conduta do advogado. A celeuma atrasou em mais de uma hora o início do julgamento, marcado para começar às 14h. Somente após o advogado aceitar fazer um teste de covid-19 e apresentar o resultado negativo é que a sessão foi iniciada.

— O advogado inscrito para representar o denunciado recusou-se a fazer o teste noticiando que não tomara a vacina — disse o presidente do STF, ministro Luiz Fux, no início da sessão.

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Ao GLOBO, o advogado disse não haver lei que obrigue a demonstração do passaporte vacinal contra a covid-19, e não revelou ter se vacinado, ou não.

A poucos minutos do início previsto da sessão, Silveira também foi barrado ao tentar entrar no plenário da Corte para acompanhar presencialmente o julgamento. O parlamentar, que estava acompanhado pelo também deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), foi informado de que não poderia entrar no plenário devido a uma resolução baixada em fevereiro deste ano em razão da pandemia. A medida veda a presença de público no local, permitindo a participação apenas dos advogados de defesa.

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Após ter a entrada vetada, Silveira disse que vai acompanhar o julgamento a partir da Câmara dos Deputados.

— Depois de nove ministros votarem uma medida inconstitucional, qual será a minha expectativa? — disse ao GLOBO, após ser questionado sobre a expectativa para o desfecho do julgamento desta quarta-feira.