Política Brasília

Bolsonaro sugere uso de força de segurança 'federal' contra manifestantes

Presidente classificou opositores como 'desocupados' e disse que eles querem 'quebrar o Brasil'
O presidente Jair Bolsonaro, durante inaguração de hospital de campanha Foto: Alan Santos/Presidência
O presidente Jair Bolsonaro, durante inaguração de hospital de campanha Foto: Alan Santos/Presidência

ÁGUAS LINDAS (GO) — O presidente Jair Bolsonaro voltou a criticar nesta sexta-feira manifestantes contrários ao seu governo, classificados por ele como "desocupados", e afirmou que as forças de segurança estaduais e federal irão fazer "seu devido trabalho" caso eles "extrapolem os "limites da lei". Bolsonaro não esclareceu se, ao falar em força de segurança "federal", estava se referindo à Força Nacional ou às Forças Armadas.

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Bolsonaro pediu novamente que seus apoiadores não vão às ruas neste fim de semana para evitar conflitos. Protestos denominados "antifascistas" estão marcados para domingo.

— O outro lado, que luta por democracia, que quer o governo funcionando, quer um Brasil melhor e preza por sua liberdade, que não compareça às ruas nestes dias para que as forças de segurança, não só estaduais, bem como a nossa, federal, façam seu devido trabalho porventura estes marginais extrapolem os limites da lei — disse o presidente, durante inauguração de um hospital de campanha em Águas Lindas (GO).

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Ele ainda disse que, caso protestos dessa natureza ocorram em Goiás, o governador Ronaldo Caiado irá tratá-los "com a dureza da lei que eles merecem".

Bolsonaro voltou a classificar os opositores como "marginais" e "terroristas", como já havia feito durante a semana, e acrescentou que "geralmente" eles são "maconheiros" e "desocupados". Para o presidente, o objetivo deles é "quebrar o Brasil".

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— Estamos assistindo agora grupos de marginais, terroristas querendo se movimentar para quebrar o Brasil. Esses marginais tiveram uma ação em São Paulo, esses terroristas voltaram logo depois com uma ação em Curitiba e estão nos ameaçando agora — disse, acrescentando: — Geralmente são marginais, maconheiros, desocupados que não sabem o que é economia, o que é trabalhar para ganhar seu pão de cada dia. Querem quebrar o Brasil em nome de uma democracia que nunca souberam o que é e nunca zelaram por ela.