Política

Bolsonaro telefona para Trump em meio a crise por coronavírus

'Trocamos informações sobre o impacto da Covid-19, bem como experiências no uso da hidroxicloroquina', escreveu o presidente em rede social
O presidente Jair Bolsonaro acompanhado do ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, no Palácio do Planalto. Foto: Reprodução/Twitter
O presidente Jair Bolsonaro acompanhado do ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, no Palácio do Planalto. Foto: Reprodução/Twitter

BRASÍLIA - O presidente Jair Bolsonaro telefonou para o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump , na manhã desta quarta-feira, um dia depois de o americano afirmar que pode incluir o Brasil em uma lista de países que tiveram suspensas todas as viagens a território americano, por conta da expansão do novo coronavírus . No Twitter, ele disse que os dois trocaram informações sobre o impacto do Covid-19 e experiências no uso da hidroxicloroquina, substância defendida por ambos para o tratamento da doença.

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Bolsonaro estava acompanhado do ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, no Palácio do Planalto. A agenda oficial do presidente nesta quarta traz apenas uma audiência com o chanceler, das 10h às 10h30.

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"Nesta manhã tive contato telefônico com o Presidente dos EUA, @realDonaldTrump.Trocamos informações sobre o impacto da Covid-19, bem como experiências no uso da hidroxicloroquina", escreveu Bolsonaro, publicando uma foto do momento da ligação. "Na oportunidade, reafirmamos a solidariedade mútua entre os dois países. Com @ernestofaraujo", complementou.

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Depois, em pronunciamento, Bolsonaro comentou bremente a ligação:

— Trocamos informações sobre esse problema que é mundial. Obviamente estamos juntos na busca de um melhor para os nossos países.

Na véspera, Trump não forneceu detalhes sobre quando isso aconteceria, ou mesmo se poderia incluir outros países. A declaração foi uma resposta a um repórter que perguntou sobre novas restrições a viagens do exterior. Ele questionou se o presidente não pensava em impor medidas contra o Brasil, mencionando a objeção de Bolsonaro a restringir a movimentação de pessoas.

— Estamos observando muitos países e suas posições. O Brasil, por exemplo, você mencionou o presidente... O Brasil não tinha problemas até pouco tempo atrás. Agora estão com números subindo. E, sim, estamos pensando em um veto — disse o presidente dos Estados Unidos.