Política

Com Macedo como padrinho, Marcos Pereira tenta ser o nome de Bolsonaro para presidência da Câmara

Filiado ao Republicanos de Flávio e Carlos Bolsonaro, deputado ligado à Igreja Universal corre por fora na disputa pela sucessão de Rodrigo Maia (DEM-RJ)
O presidente Jair Bolsonaro e o deputado Marcos Pereira Foto: Michel Jesus / Divulgação/ Câmara dos Deputados
O presidente Jair Bolsonaro e o deputado Marcos Pereira Foto: Michel Jesus / Divulgação/ Câmara dos Deputados

BRASÍLIA — Com o bispo Edir Macedo como padrinho político, o deputado Marcos Pereira (Republicanos-SP) tem articulado para ser o candidato de Jair Bolsonaro para a presidência à Câmara dos Deputados. Pereira aposta na boa relação de Bolsonaro com Macedo, fundador da Igreja Universal do Reino de Deus, para ser o nome do Planalto à sucessão de Rodrigo Maia (DEM-RJ) na Casa. Alguns integrantes do núcleo do presidente defendem esse movimento.

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— Outros nomes, como o Arthur Lira (PP-AL), já manifestaram o interesse de receber o apoio do Planalto para a Câmara, mas eles têm um histórico de polêmicas que atrapalha muito. Nesse quesito, o Marcos Pereira sai na frente. É um nome que corre por fora — diz um conselheiro de Bolsonaro.

Outro ponto a favor de Pereira, hoje vice-presidente da Câmara, é a questão partidária, uma vez que, ao deixar respectivamente o PSL e o PSC, o senador Flávio e o vereador Carlos Bolsonaro optaram por se filiar ao Republicanos. Também filiado ao partido, o prefeito do Rio, Marcelo Crivella, chegou a oferecer a Bolsonaro o apoio da Igreja Universal para colher assinaturas e ajudar a fundar o Aliança pelo Brasil, legenda que o presidente pretende fundar. Candidato à reeleição, Crivella aposta suas fichas no apoio de Bolsonaro para ser bem-sucedido no pleito previsto para novembro deste ano.

Deputado nega intenção de receber apoio

Procurado antes da publicação da reportagem, Marcos Pereira não retornou pois estava presidindo a sessão na Câmara. Depois, manifestou-se por meio de nota:

"Penso o exato oposto do que afirma a reportagem: espero imparcialidade por parte do Planalto. O governo não deve se envolver em assunto que é próprio da Câmara. Devemos preservar a independência dos poderes."