A senadora eleita pelo Distrito Federal Damares Alves (Republicanos) quer ser presidente da Casa no ano que vem. Dois dias após ser eleita, a ex-ministra da Mulher e aliada do presidente Jair Bolsonaro (PL) foi até o Senado nesta terça-feira para escolher gabinete para chamar de seu — ela só toma posse, porém, em fevereiro, com os demais deputados e senadores eleitos no domingo.
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Nos corredores, ela declarou que tentará ser a primeira mulher a comandar a Casa e vai priorizar a reforma do código penal nas suas pautas.
Quando questionada sobre a razão pela qual deseja comandar a Casa, a nova senadora justificou que é pela capacidade do Senado em dar respostas à população. Apesar do desejo de ser presidente, ela disse que pedirá autorização ao PL, partido de Bolsonaro e que possui a maior bancada do Senado.
— Eu queria muito ser presidente do Senado e ser a primeira mulher, porque a gente pode — afirmou.
— Eu sei o que essa Casa pode fazer. É a maior Casa de leis, é a Casa que pode dar as respostas imediatas para o povo e para os estados. Eu sei o que fazer, eu sei como pode ser feito. Queria ser essa presidente para ser ponte, para chamar essas instituições para uma grande conversa, uma grande aliança para o Brasil. Está todo mundo junto: cada instituição no seu lugar cumprindo sua atribuição em paz — afirmou.
Nos corredores, Damares foi abordada por diversos servidores, que pediram para tirar fotos. Ela também encontrou alguns senadores, como o líder do governo, Carlos Portinho (PL-RJ), com quem trocou abraços e breves palavras.
Entre os gabinetes visitados, um despertou o interesse da nova senadora: o que está ocupado pelo senador Flávio Arns (Podemos-PR). Damares diz que assim como Mara Gabrilli (PSDB-SP) e Romário (PL-RJ), ela vai militar pelo direito das pessoas com deficiência, por isso preza pela acessibilidade em seu futuro gabinete.
O escritório que é ocupado por Arns atualmente possui banheiros adaptados e fica em um corredor de fácil acesso pelos elevadores do Senado. O paranaense solicitou uma mudança de gabinete, mas ainda não está definido para qual ele irá.
Damares teve mais de 684 mil votos e contou com apoio expresso da primeira-dama, Michelle Bolsonaro. Ela desbancou Flávia Arruda (PL), também ex-ministra de Bolsonaro, que ficou com menos de 390 mil votos. Rosilene Corrêa (PT) teve 330 mil votos, ficando em terceiro lugar.