Eleições 2022
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Por Lucas Mathias — Rio de Janeiro

Judicializada desde antes do primeiro turno, a eleição em Alagoas acumulou reviravoltas nos tribunais e refletiu, por meio do governador Paulo Dantas (MDB) e do senador Rodrigo Cunha (União), o cabo de guerra político dos caciques do estado: o senador Renan Calheiros (MDB) e o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP). Dantas passou metade do segundo turno afastado de seu cargo, antes de voltar por determinação do Supremo Tribunal Federal (STF), a uma semana do pleito. Cunha, por outro lado, manteve o foco no discurso contra a corrupção, com o qual foi eleito em 2018.

Pela pesquisa Ipec divulgada na sexta-feira, os dois estão tecnicamente empatados, com Dantas numericamente à frente, registrando 46% das intenções de voto. Cunha tem 42%. A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos. Nos votos válidos — excluídos brancos e nulos —, o candidato do MDB tem 52%, e o do União Brasil, 48%. No primeiro turno, Dantas chegou à frente, com 46,64% dos votos, e Cunha teve 26,79%.

Aliado de Renan, Dantas teve o apoio do senador eleito e ex-governador Renan Filho (MDB) e do ex-presidente Lula (PT), que teve 56,5% dos votos na primeira etapa do pleito entre os alagoanos. Já Cunha, senador em primeiro mandato, deixou o PSDB, sigla que presidia no estado, para ingressar no União Brasil, aliado do PP de Lira.

Pano de fundo

Lira e Renan pautaram a campanha com trocas de ofensas nas redes sociais. A dupla mede forças no estado de olho na disputa pelo comando da Câmara e do Senado a partir de 2023. Na seara jurídica, também tiveram atuação no vai e vem de decisões que começou ainda na eleição indireta de Dantas ao governo do estado. O PP tentou postergar a chegada do emedebista ao poder.

— O foco são os dois. O confronto entre essas duas forças no estado é uma realidade — diz Ronaldo Lessa, candidato a vice na chapa do emedebista.

Diferentemente do adversário, Cunha adotou postura neutra na corrida presidencial, embora Dantas tenha tentado associá-lo a Jair Bolsonaro. Eleito na onda antipolítica de 2018, Cunha buscou colar em Dantas a pecha de corrupto, inclusive com depoimentos do pai do governador. A estratégia ganhou capítulo especial em 11 de outubro, quando Dantas foi afastado do cargo pela Superior Tribunal de Justiça, por suspeita de rachadinha na Assembleia. A decisão foi revertida pelo STF cerca de 15 dias depois.

Eleito pela Assembleia para um mandato tampão, após a renúncia de Renan Filho para disputar o Senado, Dantas se beneficiou da aprovação da gestão de seu antecessor e da popularidade de Lula no Nordeste, além da máquina pública. Em junho, criou um programa com distribuição de cestas básicas. Mais uma vez, a medida terminou nos tribunais. A Justiça Eleitoral determinou a suspensão do benefício, após pedido da campanha de Cunha, que via o programa como uma ação eleitoreira.

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