Eleições 2022
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Por Gabriel Sabóia — Rio de Janeiro

Entre acusações e polêmicas que extrapolaram o campo político, Jerônimo Rodrigues (PT) e ACM Neto (União) chegam à votação em segundo turno para o governo da Bahia em tom de animosidade. Com o petista numericamente à frente nas pesquisas de intenções de voto, atrelado à campanha do ex-presidente Lula (PT) ao Planalto, ACM Neto buscou a neutralidade em relação à disputa presidencial para virar o jogo. Associado ao bolsonarismo por Jerônimo, o candidato do União Brasil nega a vinculação com o atual presidente e faz alguns acenos ao eleitorado de esquerda.

ACM Neto passou boa parte da campanha definindo Jerônimo como “covarde” por, supostamente, ter se escorado na imagem de Lula e ter alimentado polêmicas, como o questionamento sobre a autodeclaração racial de Neto, que se definiu como pardo ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

O embate entre eles é mais um capítulo do antagonismo histórico entre o petismo e o carlismo na Bahia. Após 16 anos de administrações do PT, Jerônimo tenta manter o ciclo de reeleições apoiado pelo atual governador do estado, Rui Costa, e referendado por Lula. Já Neto se apresenta como alternativa e enumera os seus feitos à frente da prefeitura de Salvador. Com a presença constante do ex-presidente no estado, Jerônimo mantém a vantagem, conforme aponta a pesquisa Ipec divulgada ontem, ainda que de forma acirrada. De acordo com o levantamento, ele possui 51% das intenções, enquanto Neto somou 49% dos votos válidos, tecnicamente empatados.

ACM Neto (União Brasil) e Jerônimo Rodrigues (PT) disputam segundo turno pelo governo da Bahia. — Foto: Divulgação
ACM Neto (União Brasil) e Jerônimo Rodrigues (PT) disputam segundo turno pelo governo da Bahia. — Foto: Divulgação

A vantagem durante o segundo turno fez com que o ex-secretário estadual de Educação se negasse a participar do último debate da campanha, na TV Globo. Neto definiu a ausência como um “desrespeito ao eleitor”. Apesar das críticas, o candidato do União faltou à maioria dos debates no primeiro turno, quando liderava as pesquisas eleitorais.

Neto resistiu aos cortejos do presidente Jair Bolsonaro (PL). Em busca de um palanque no estado no segundo turno, Bolsonaro pediu votos para o candidato do União, mas não contou com a sua presença nos atos políticos.

A oposição a Lula, no entanto, é trabalhada por Jerônimo, que acusa Neto de “covardia” por não se posicionar em relação à disputa ao Planalto por um suposto medo de perder eleitores de esquerda e de centro, caso assumisse um alinhamento com Bolsonaro. Já Neto faz duras críticas à administração estadual petista nas áreas de saúde, segurança pública e educação — pasta da qual Jerônimo foi secretário. Neto tem focado as propostas nas políticas para redução de desemprego e impostos. Jerônimo, por sua vez, promete investir em saúde e educação e aumentar os investimentos no interior.

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