Eleições 2022
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Por Gustavo Schmitt — São Paulo

Após rivalizarem com o PT no plano nacional nas últimas duas décadas, quadros históricos do PSDB como José Serra, Aloysio Nunes, Tasso Jereissati e José Aníbal defenderam voto no ex-presidente Lula no segundo turno para preservar a democracia. O mais recente a declarar apoio ao líder petista foi o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, na manhã desta quarta-feira.

"Neste segundo turno voto por uma história de luta pela democracia e inclusão social. Voto em Luiz Inácio Lula da Silva", escreveu o tucano em seu Twitter.

Posteriormente, o tucano publicou outra imagem antiga dele e de Lula no passado, com a frase: "A luta contra a ditadura contou com coragem de muitos brasileiros". Também na rede social, Lula agradeceu a mensagem do tucano: "Obrigado pelo seu voto e confiança. O Brasil precisa de diálogo e de paz", escreveu o petista.

Durante um ato em que recebeu apoio de senadores e governadores na tarde desta quarta-feira, Lula disse que ficou “emocionado” com o apoio do ex-presidente tucano. Ele lembrou, que quando era presidente dos Metalúrgicos do ABC, apoiou Fernando Henrique na eleição para o Senado de 1978.

— Quero agradecer ao Fernando Henrique Cardoso.

Também afirmou que gostaria de fazer uma visita ao tucano, ao lado de seu vice Geraldo Alckmin, sem gravação ou foto, apenas para agradecer.

— A vida é dura e ela passa e a gente não percebe.

A visão desse grupo, que é cada vez mais distante da vida partidária, contrasta com a estratégia da bancada federal. Em reunião da cúpula tucana na terça-feira, a executiva da sigla e os parlamentares da ativa avaliaram que o partido precisa se reconectar ao antipetismo para sobreviver. O entendimento é de que o PSDB encolheu por deixar o bolsonarismo se apropriar do discurso contra o PT. A sigla que na legislatura passada tinha 32 deputados, agora ficou com apenas 13 parlamentares. A maioria deles, aliás, é alinhada ao presidente Jair Bolsonaro (PL).

Na eleição ao governo paulista, dirigentes tucanos dizem que o governador Rodrigo Garcia só melhorou o seu desempenho nas pesquisas após subir o tom dos ataques contra o candidato Fernando Haddad e explorar o antipetismo.

Garcia decidiu apoiar Bolsonaro e a seu candidato Tarcísio de Freitas, que horas antes havia dito que não queria o tucano em seu palanque. Mesmo assim, o governador não se constrangeu e manteve o apoio. A postura do tucano gerou mal estar entre aliados e alguns de seus secretários já começaram a pedir demissão. Um deles é o deputado licenciado Rodrigo Maia, amigo de longa data de Garcia, mas que é um dos principais opositores de Bolsonaro na gestão estadual. Maia teve uma reunião com Lula ontem e deve anunciar apoio ao petista, assim como já havia feito seu pai César Maia. Ele anunciou sua demissão do governo de Garcia na manhã desta quarta-feira, seguido de outros secretários do governo do sucessor de João Doria no Palácio dos Bandeirantes.

No Rio Grande do Sul, por sua vez, o ex-governador Eduardo Leite se fechou em copas para avaliar a possibilidade de abrir o palanque para o ex-presidente Lula na tentativa de derrotar o ex-ministro Onyx Lorenzoni, que lhe derrotou no primeiro turno. Essa hipótese, no entanto, é rejeitada pelo entorno de Leite, já que boa parte do seu eleitorado também vota em Bolsonaro. Além disso, ele havia declarado apoio a Bolsonaro em 2018, quando foi eleito para o primeiro mandato.

Ao longo de sua carreira política, o antipetismo sempre foi um dos pontos centrais do discurso do ex-governador. Alguns aliados, aliás, defendem que Leite volte a se alinhar a Bolsonaro. Na segunda-feira, o presidente estadual do PSDB, Lucas Redecker afirmou que apoiará Bolsonaro. A decisão gerou atrito interno, já que o PT pressiona para ter o apoio de Leite no estado e ambos tentavam estabelecer um diálogo.

Um dos cenários estudados por Leite é se manter neutro, sob o argumento de que a esquerda lhe apoiaria naturalmente para derrotar o bolsonarismo.

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