Eleições 2022
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Por Elaine Neves — Rio de Janeiro

Jair Bolsonaro (PL) já é o candidato a presidente que mais tempo está sem reconhecer a derrota para o rival nas urnas, quebrando o protocolo de ligar para o oponente após o resultado no mesmo dia ou mesmo no dia seguinte. Desde a redemocratização e do início do funcionamento das urnas eletrônicas nas eleições presidenciais, em 1998, esta é a primeira vez que um candidato evita fazer declarações públicas após a apuração ser finalizada em todo o país. Até o final da manhã desta terça-feira,mais de 38 horas depois do encerramento da votação, Bolsonaro ainda não havia se manifestado, sequer nas redes sociais, sobre a derrota para Luiz Inácio Lula da Silva.

Em 1998, Lula, candidato derrotado no primeiro turno, reconheceu a derrota na primeira entrevista após a divulgação dos resultados. Na ocasião, o petista, no entanto, afirmou rejeitar a "ideia de dialogar com o presidente Fernando Henrique Cardoso", informando que ia fazer, a partir daquele momento, "uma oposição implacável".

Após o resultado da eleição de 2002, o candidato derrotado à Presidência da República, José Serra (PSDB), telefonou às 21h10, para o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o cumprimentou pela vitória. Na época, o tucano reconheceu a vitória de Lula e desejou "boa sorte na Presidência". O petista teria dito ainda que Serra foi um adversário muito leal.

Em 2010, o então candidato à Presidência José Serra (PSDB) também admitiu a derrota para a Dilma Rousseff (PT) às 22h40. Em 2018, o candidato derrotado Fernando Haddad (PT) também não ligou para seu adversário, Jair Bolsonaro (PSL), para parabenizá-lo pela vitória no segundo turno. No entanto, o petista escreveu uma mensagem em sua conta no Twitter, no dia seguinte, para desejar sucesso ao presidente eleito.

Apesar de Bolsonaro permanecer em silêncio após o resultado das urnas no segundo turno para o petista, aliados têm a expectativa de que o mandatário se manifeste publicamente ainda nesta terça-feira. Na tarde desta segunda-feira, nas redes sociais, o senador e filho do presidente, Flávio Bolsonaro, publicou uma mensagem afirmando que os apoiadores devem "erguer a cabeça" e não podem "desistir do Brasil". Mais tarde, ele fez uma nova publicação: "Pai, estou contigo pro que der e vier!".

Aliados reconhecem

Diante do silêncio de Bolsonaro, parte dos seus aliados já foram a público para reconhecer a derrota. O ex-ministro do Meio Ambiente e deputado federal eleito Ricardo Salles (PL-SP) foi um dos primeiros aliados próximos do presidente a reconhecer publicamente a derrota.

"O resultado da eleição mais polarizada da história do Brasil traz muitas reflexões e a necessidade de buscar caminhos de pacificação de um País literalmente dividido ao meio. É hora de serenidade", escreveu.

O pastor Silas Malafaia também admitiu a legitimidade da vitória do petista Luiz Inácio Lula da Silva (PT), eleito presidente da República para o terceiro mandato.

"A vontade soberana do povo se estabeleceu. Não fui omisso nem covarde, tenho minha consciência limpa do meu dever cumprido. A minha oração, como diz a Bíblia, é interceder pelas autoridades constituídas", escreveu ele em suas redes sociais.

Carla Zambelli, deputada reeleita, foi outra a olhar para frente. Ela usou as redes sociais para avisar que fará oposição ferrenha ao futuro governo do petista.

"O sonho de liberdade de mais de 51 milhões de brasileiros continua vivo. E lhes prometo, serei a maior oposição que Lula jamais imaginou ter", postou no Twitter.

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