O prefeito Ricardo Nunes (MDB), candidato à reeleição em São Paulo, afirmou nesse sábado (24) que o resultado da mais recente pesquisa Datafolha é “positivo”. O emedebista participou de um "adesivaço" nesta manhã, em Interlagos, na Zona Sul a cidade — a primeira agenda pública após a divulgação do levantamento, na quinta-feira. Os dados mostraram que o concorrente Pablo Marçal (PRTB) ultrapassou numericamente o emedebista, após tirar espaço de Nunes no eleitorado bolsonarista.
— Os resultados são bastante positivos, porque mesmo tendo entrado o Pablo Marçal, que vai basicamente num eleitor, que é o meu eleitor, a gente está os três ali empatados em primeiro lugar — disse Nunes. — Tem um detalhe fundamental: a baixa rejeição que eu tenho. O Marçal, o Datena e o Boulos têm altíssima rejeição. Outra coisa fundamental são os cenários de segundo turno. A gente vence todos naquele cenário — afirmou.
A primeira pesquisa Datafolha em São Paulo divulgada após o início oficial das campanhas mostrou que o ex-coach Pablo Marçal (PRTB) empatou na liderança com Guilherme Boulos (PSOL) e Ricardo Nunes (MDB). O candidato do PSOL tem 23% das intenções de voto, enquanto o empresário soma 21%. Já o atual prefeito é superado numericamente pela dupla e aparece com 19% das menções. A margem de erro estimada para a pesquisa é de três pontos percentuais para mais ou menos.
Na manhã deste sábado, Nunes também confirmou ao GLOBO que deve ir ao 7 de setembro bolsonarista em São Paulo, organizado pelo pastor Silas Malafaia, na capital paulista:
— Eu devo ir, eu tenho a minha agenda de prefeito por conta da data do dia 7 de setembro, que todos os anos tem as atividades oficiais da prefeitura. Sete de setembro simboliza a nossa liberdade, a nossa independência, então eu tenho que primeiro priorizar a função que estou exercendo, que é de prefeito, de estar nas agendas oficiais. Havendo a possibilidade de conciliar eu poder passar lá, eu devo passar, sim.
Na sexta, Malafaia afirmou ao GLOBO que Nunes seria autorizado a subir no trio elétrico no evento, embora, a princípio, nenhum candidato deva discursar — Marçal não teria o mesmo destaque, afirmou o pastor:
— Se aparecer, não sobe (no trio elétrico).
Redes de Marçal suspensas
Mais tarde, em uma visita à comunidade de Heliópolis, Nunes também comentou a decisão da Justiça de suspender as redes de Pablo Marçal usadas para a monetização do conteúdo:
— Sempre fui e continuarei sendo contra qualquer tipo de censura. A gente tá num país democrático, o direito à liberdade de expressão tem que ser sempre garantido. Agora, tem uma questão, por falar em democracia, que a gente precisa ter regra igual para todos os candidatos — disse o prefeito. — Se for liberar para todos os candidatos fazer corte pago, aí tudo bem. Caso contrário, não pode permitir que tenha uma regra não cumprida e que fique o jogo desbalanceado. Outra coisa é que precisa investigar bem com seriedade a questão de recursos, se tem caixa dois, se tem algum tipo de ilegalidade. Absolutamente contra qualquer tipo de censura, mas defensor que a regra seja igual pra todos — concluiu.
Nunes esteve em Heliópolis acompanhado do secretário da Casa Civil, Fabrício Cobra, em campanha ao lado do vereador Nunes Peixeiro. A agenda contou com a presença também de várias lideranças comunitárias, como da Entidade Mulheres Guerreiras, que o prefeito visitou pela manhã.
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