'Eleição é sobre prefeitura, não sobre Presidência da República', diz Paes a respeito da ausência de Lula na campanha

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— Vamos conversar um pouco sobre isso hoje. Acho que é muito claro para as pessoas a nossa relação. A eleição é sobre prefeitura, não é sobre Presidência da República, mas as pessoas sabem da nossa aliança e da nossa parceria. Às vezes que o Lula esteve na Presidência da República, ele sempre ajudou muito o Rio — afirma Paes.

Paes viaja ainda hoje, na condição de prefeito, para se encontrar com o presidente em Brasília. O tema da reunião é o novo estádio do Flamengo, que será construído no terreno do Gasômetro, a menos de 3 quilômetros de distância da Central do Brasil e do Maracanã.

— Faço isso permanentemente com o Lula, trato de temas objetivos sobre a cidade do Rio, é assim a nossa relação. O Lula ajuda muito o Rio de Janeiro e nós vamos nos encontrar para ver a questão do estádio do Flamengo. Ali tem uma disputa com a Caixa Econômica e o patrimônio da União, então o presidente Lula quer ajudar a cidade — diz Paes.

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Antes da viagem, Paes escolheu iniciar o dia participando da entrega das chaves dos 470 apartamentos do prédio Praia Formosa, no Porto Maravilha, na região portuária da cidade. Lançado em 2021, o bloco integra o condomínio Rio Wonder, o primeiro residencial — dos 12 em construção — a ficar pronto na localidade. Com 20 andares, o Praia Formosa tem 227 apartamentos de dois quartos, 131 de dois quartos e suíte, 93 estúdios e 19 apartamentos de um quarto. Todas as suas unidades foram vendidas em menos de um mês.

— Essa é, de longe, a maior revolução urbana da cidade; essa é uma aposta de médio a longo prazo, e essas coisas não acontecem do dia para a noite. Nós começamos a ver os efeitos do Porto Maravilha, com as unidades sendo vendidas aqui e tantas outras sendo lançadas. Vamos ver exatamente a mesma coisa acontecendo no Reviver Centro, ali no antigo Centro da cidade. Estamos tendo novos lançamentos imobiliários, e isso vai se acelerar cada vez mais. Vamos ter pessoas morando perto do Centro, o que diminui o tempo de deslocamento para o trabalho, aproveita a infraestrutura já existente e é bom para o meio ambiente, pois não aumenta o tamanho da cidade. Enfim, é um ganho enorme — pontua Paes.

O prefeito também comentou sobre o projeto de uma nova orla, com praças flutuantes temáticas — que dispensam a necessidade de aterro —, outro píer para atracação de cruzeiros e uma marina pública. O projeto inicial do Parque Porto Maravilha já foi apresentado ao presidente Lula, ao ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, e à diretoria da PortosRio (ex-Docas). O objetivo do município é consolidar a revitalização da região e a comunicação com o mar, devolvendo a frente marítima da Baía de Guanabara à cidade, num processo que começou com a derrubada do Elevado da Perimetral há uma década

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— Nós temos o projeto do Parque do Porto, que é uma possibilidade de nós pegarmos ali depois do Museu do Amanhã em direção aos píers e fazermos um parque sobre a água. O projeto está caminhando bem, estamos negociando. Vamos continuar investindo nessa região — conta Paes.

Por fim, Paes comentou sobre o adversário Tarcísio Motta (PSOL) ter defendido uma redução de cargos comissionados na administração municipal, durante entrevista para Globonews. Tarcísio fez críticas aos acordos políticos realizados pelo prefeito, que levaram ao preenchimento da máquina pública com nomes indicados por apoiadores de sua campanha à reeleição. Por sua vez, Paes se mostrou satisfeito com a aliança feita com ex-adversários neste pleito.

— Estou muito satisfeito com as minhas alianças. Temos uma frente muito ampla que vai do PT ao Podemos, um grupo de políticos que olha para aquilo que tem que ser olhado no Rio de Janeiro, que são os interesses da população e da nossa cidade. Essa eleição é sobre clínica da família funcionando, BRT funcionando, investimentos no Bairro Maravilha, isso que interessa ao eleitor carioca. Quem quiser ficar discutindo temas abstratos, certamente não será bem-sucedido na eleição — disse ele.