Eleições 2024
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Por — Rio de Janeiro

RESUMO

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GERADO EM: 15/09/2024 - 03:30

Rivais miram Cláudio Castro em 2026: críticas e pressão política.

Com alta rejeição na capital, Cláudio Castro é alvo de rivais de olho no governo do Rio em 2026. Críticas incluem segurança e gestão. Aliados insatisfeitos após demissão na Polícia Civil. Pressão política e ameaças veladas complicam cenário. Disputa eleitoral e tensões indicam desafios para o governador.

Com reprovação em alta na capital e em meio a uma crise com aliados, o governador Cláudio Castro (PL) foi arrastado para a campanha à prefeitura do Rio e virou alvo constante de adversários. Ao citar um “aumento gigante da violência” como justificativa para trocar a chefia da Polícia Civil no início deste mês, Castro de uma só vez entregou munição para o prefeito Eduardo Paes (PSD), que busca culpar o governador por problemas na segurança, e ainda irritou a base de seu governo. À esquerda, o candidato do PSOL, Tarcísio Motta, também procura atacar Castro, cuja gestão classificou recentemente como “desastre”.

Paes, que lidera as pesquisas e busca a reeleição, vem tratando Castro como “padrinho” da candidatura do bolsonarista Alexandre Ramagem (PL). O prefeito, que prepara terreno para se candidatar ao governo estadual em 2026 — embora negue esta intenção —, também já frisou em sua propaganda que os problemas de segurança “não se limitam” à capital, e que já apresentou propostas para resolvê-los nas duas ocasiões em que se candidatou ao Palácio Guanabara, em 2006 e 2018.

Segundo pesquisa Quaest em agosto, Castro é avaliado positivamente por 14% dos cariocas, enquanto 42% consideram sua gestão negativa na capital. É o inverso da avaliação de Paes, que tem 51% de aprovação e 13% de reprovação. Os números de Castro são piores ainda do que os do presidente Lula (PT) e do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Além de expor Castro a críticas de adversários na segurança, área sensível nesta eleição, a troca da chefia da polícia derreteu a base política do governador na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj). Demitido por Castro há dez dias, o delegado Marcus Amim havia assumido a Polícia Civil no fim do ano passado numa articulação da Alerj, que mudou a lei orgânica da polícia para permitir sua nomeação. Na semana passada, após a demissão e sob críticas a Castro, Amim ganhou o cargo de coordenador de Segurança da Alerj.

Ameaças veladas

Mal digerida por aliados, a saída de Amim gerou uma saia-justa para Ramagem, que reconheceu em sabatina do GLOBO que o governo “ainda precisa melhorar muito” a atuação na segurança pública — principal bandeira do candidato. A demissão ainda desagradou o presidente do Alerj, Rodrigo Bacellar (União), que disputa influência no governo com outros interlocutores.

Na quinta-feira, parlamentares do PL e do União constrangeram sete secretários de Castro com uma convocação para depor numa Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que apura um suposto descumprimento da Lei de Acesso à Informação na gestão estadual. Apelidada de “CPI da Transparência” e criticada por integrantes do governo pela falta de um objeto definido, a comissão passou a mirar em aliados de longa data de Castro, com ameaças à sustentação política do governo.

A linha de frente da CPI reúne nomes de confiança de Bacellar, como o deputado Rodrigo Amorim (União). Ele também é candidato à prefeitura do Rio, devido a uma articulação do governo Castro para engrossar a oposição contra Paes. Na sessão de quinta, Amorim usou a CPI para criticar o governo e citou “rumores de arapongagem” por parte do Palácio Guanabara contra deputados.

Presidente da CPI, Alan Lopes (PL), que acompanhou Ramagem ao primeiro debate da campanha na TV Band, chegou a sugerir na sessão que o próprio Castro teria que “sentar aqui e ouvir”, se os deputados quisessem convocá-lo. Depois, disse que citou o governador por “força de expressão”, mas manteve o tom bélico e lembrou o impeachment do ex-governador Wilson Witzel, de quem Castro era vice:

— Não é interessante para ninguém ter mais um impeachment de governador. A gente está aqui para ajudar o estado, mas como podemos ajudar com essa pouca vergonha que está acontecendo?

Procurado, o governo do Rio não retornou os contatos.

Interlocutores de Castro avaliam que a crise tem como pano de fundo a disputa pelo governo em 2026. Bacellar aspira concorrer ao Guanabara, impulsionado pela máquina estadual. Neste ano, Castro prestigiou o lançamento de candidatos a prefeito aliados de Bacellar em municípios como Belford Roxo e Campos dos Goytacazes. No geral, porém, tem tido participação discreta na campanha municipal.

O futuro político de Castro, que já aspirou concorrer ao Senado, hoje é incógnita. Para concorrer a outro cargo em 2026, ele teria que repassar o governo a seu vice, Thiago Pampolha (MDB), com quem rompeu politicamente.

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