Política STF

Evangélicos pressionam para salvar indicação de Mendonça ao ao STF

Lideranças, pastores, senadores e deputados se reúnem com Bolsonaro e Pacheco: "não tem segunda opção", diz Malafaia
André Mendonça Foto: Isaac Amorim/MSP
André Mendonça Foto: Isaac Amorim/MSP

BRASÍLIA — Lideranças evangélicas se mobilizaram nesta quarta-feira para tentar salvar a indicação do ex-ministro André Mendonça para uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF). Os principais representantes dessas igrejas se reuniram com o presidente Jair Bolsonaro na tarde dessa quarta-feira e pediram maior empenho do presidente. Os evangélicos saíram da reunião com a garantia de Bolsonaro de que não há outro nome sendo cogitado para a vaga de Marco Aurélio Mello no tribunal.

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— O presidente garantiu aos líderes evangélicos que o candidato dele é o André Mendonça, que não tem nenhuma segunda opção. E que se alguém pensa que desestabilizando o André vai conseguir outro nome... Ele tem compromisso assumido antes de ser presidente. Não vai ter outro a não ser um terrivelmente evangélico. Não vai ter outro —  disse o líder evangélico Silas Malafaia, que participou do encontro no Palácio do Planalto.

André Mendonça também compareceu na conversa com Bolsonaro, além de pastores, senadores e deputados.



Esse mesmo grupo se reuniu horas antes com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG). O deputado Cezinha de Madureira (PSD-SP), coordenador da bancada evangélica na Câmara, disse ao GLOBO que Pacheco se comprometeu a cobrar do senador Davi Alcolumbre (DEM-AP), presidente da CCJ, que paute a indicação de Mendonça e realize a sabatina. Pacheco teria até ligado para Bolsonaro e se comprometido em acelerar esse processo, segundo o parlamentar.

— O presidente Pacheco nos garantiu que irá falar com o Alcolumbre para, no máximo, até semana que vem paute a sabatina do André Mendonça — disse Madureira.

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Malafaia também falou da promessa de Pacheco.

— O Pacheco falou que vai pautar, que vai chamar o Alcolumbe. Já chegou onde tinha que chegar essa história. Ele (Pacheco) vai falar com o Alcolumbre e vai pautar para resolver logo essa história — afirmou Malafaia.

Na sessão desta quarta na CCJ, Alcolumbre foi cobrado por senadores , que o questionaram sobre essa demora, mas ele ignorou as perguntas e os apelos com respostas protocolares do tipo "registrado".