Política

Messer diz em delação que família fez empréstimo de US$ 13 milhões a ex-presidente do Paraguai

Segundo 'doleiros dos doleiros', Horacio Cartes pediu que ele não se entregasse às autoridades
O doleiro Dario Messer passou mais de um ano foragido, mas foi preso no fim de julho Foto: Reprodução
O doleiro Dario Messer passou mais de um ano foragido, mas foi preso no fim de julho Foto: Reprodução

RIO — Em depoimentos prestados no âmbito de sua delação premiada, o doleiro Dario Messer contou detalhes sobre sua relação com o ex-presidente do Paraguai Horacio Cartes, a quem conheceu na década de 1980. Messer afirmou que sua família emprestou US$ 13 milhões a Cartes durante uma crise financeira para que ele salvasse o banco do qual era dono. O "doleiro dos doleiros" contou ainda que, enquanto ainda era presidente do país vizinho, o político pediu para que ele não se entregasse às autoridades.

O doleiro teve a delação premiada homologada e renunciou a R$ 1 bilhão de seu patrimônio , o que transformou seu acordo com o Ministério Público Federal (MPF) e a Polícia Federal (PF) o maior da Justiça brasileira. Os bens dos quais ele abriu mão incluem sete fazendas no Paraguai, um apartamento de luxo em Nova York e quadros de Di Cavalcanti. O doleiro, acusado de liderar um esquema que movimentou US$ 1,6 bilhão em 52 países, ficou foragido da Lava-Jato do Rio durante 15 meses até ser preso em julho do ano passado. Hoje senador vitalício no Paraguai e suspeito de ter ajudado na fuga de Messer, Cartes virou réu por organização criminosa. O Superior Tribunal de Justiça (STJ) suspendeu a ordem de prisão que havia contra ele.

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