A presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann aderiu à onda de ataques feitas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Banco Central e criticou a taxa de juros do país. O discurso foi feito durante a comemoração de 43 anos do partido, na sede da sigla, em Brasília.
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Ela afirmou que a dívida brasileira é razoável em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) e que o país dispõe de reservas internacionais.
— O Banco Central uma autarquia do Estado que corrobora com a mentira — disse Gleisi.
Ela destacou que a prioridade do governo é fazer o país crescer e gerar empregos e que Lula terá todo o apoio do PT.
— O Brasil não pode ficar esperando por crescimento e emprego — afirmou.
Ao longo dos últimos dez dias, Lula fez diversos ataques ao BC, criticou a manutenção da taxa de juros em 13,5%, assim como a independência do órgão.
Campanha
Segundo Gleisi, a campanha de 2022 foi "certamente a mais difícil que enfrentamos nesses 43 anos". Na avaliação de Gleisi, "nunca tantos recursos imorais e escusos foram mobilizados para corromper o pleito e sustentar um projeto autoritário de poder".
— Ódio e mentira disseminados em escala industrial nas redes sociais, igrejas, escolas e veículos de mídia venais; R$ 300 bilhões do Orçamento e do Tesouro desviados para ações eleitoreiras; chantagem desabrida de patrões contra trabalhadores — apontou.
O encontro, realizado em Brasília, reúne parlamentares, prefeitos, governadores e militantes de todos os estados brasileiros, bem como lideranças de partidos de sua coligação.
Ao discusar, a ex-presidente Dilma Rousseff pediu que a militância de suporte ao governo do PT. Segundo ela, os parlamentares petistas e aliados enfrentam um clima adverso no Congresso.
— O maior desafio do nosso partido é de ser capaz de dar sustentação ao governo para fazer as mudanças. A correlação de forças e adversa. O governo precisa de sustentação no Parlamento e na sociedade. É hora de nos organizarmos e nos conscientizarmos de quais lutas temos que enfrentar — disse Dilma.