Mulher de Helder Barbalho é eleita para Tribunal de Contas do Pará e julgará contas do marido

• Em família: Em tribunais de contas, 30% são parentes de políticos, como os indicados por ministros de Lula
• MPs: Senador aciona o STF para obrigar Lira a alterar regras de tramitação de medidas provisórias

Daniela passa a engrossar a lista dos parentes de políticos que são alçados a cargos nas cortes de contas. Segundo levantamento feito pelo GLOBO, atualmente dos atuais 232 conselheiros desses tribunais, 30% são parentes de políticos — sendo que alguns foram nomeados por seus próprios irmãos, sobrinhos ou cônjuges governadores.

É papel dos membros desses tribunais, por exemplo, aprovar ou rejeitar as contas dos chefes dos Executivos — o que pode, inclusive, deixar políticos inelegíveis. Os cargos são vitalícios, com salários que chegam R$ 41,8 mil, e garantem foro privilegiado para os conselheiros.

• Vera Magalhães: Podres de Bolsonaro dão tempo a Lula

A primeira-dama entrou na vaga indicada pela Assembleia Legislativa do Pará (Alepa). Dos 38 parlamentares presentes, 36 votaram a favor e dois votaram contra. Daniela foi indicada pelos líderes do MDB, PT, PDT, Podemos, PSD, PSDB, PTB, PP, União Brasil e Republicanos.

No ano passado, Helder Barbalho foi reeleito para o governo do Pará no primeiro turno com 70% dos votos válidos. Em seu primeiro mandato, Barbalho emplacou sua tia, Mara Lúcia Barbalho, e seu ex-vice-governador, Lucio Vale, nas duas vagas que foram abertas na corte responsável pelas prefeituras paraenses, o Tribunal de Contas dos Municípios do Estado do Pará (TCM-PA).

Daniela é formada em direito pela Universidade da Amazônia (Unama) e já foi secretária municipal de Cidadania, Assistência Social e Trabalho entre 2007 e 2012, em Ananindeua, na Grande Belém, durante a gestão do marido na prefeitura do município. Em suas redes sociais ela celebrou a aprovação de sua indicação para o TCE-PA.