Política
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Por Daniel Gullino, Eduardo Gonçalves e Reynaldo Turollo Jr. — Brasília

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou que dados "indicam a possibilidade" de que o esquema de desvio de presentes recebidos pela Presidência da República ocorreu por "determinação de Jair Bolsonaro".

A afirmação está na decisão em que Moraes autorizou mandados de busca e apreensão cumpridos nesta sexta-feira em endereços do general do Exército Mauro César Lourena Cid, pai do ex-ajudante de ordens Mauro Cid; do tenente do Exército Osmar Crivelatti, que atua na equipe do ex-presidente; e do advogado Frederick Wassef, que já defendeu Bolsonaro e seus familiares.

"Assim, destaca a Polícia Federal que (a) os dados analisados indicam a possibilidade de o Gabinete Adjunto de Documentação Histórica do Gabinete Pessoal da Presidência da República (GADH/GPPR) – órgão responsável pela análise e definição do destino (acervo público ou privado) de presentes oferecidos por uma autoridade estrangeira ao Presidente da República – ter sido utilizado para desviar, para o acervo privado do ex-Presidente da República, presentes de alto valor, mediante determinação de Jair Bolsonaro", afirma o ministro na decisão.

O ministro diz que a Polícia Federal (PF) identificou que valores obtidos com a venda dos presentes "eram convertidos em dinheiro em espécie e ingressavam no patrimônio pessoal do ex-Presidente da República, por meio de pessoas interpostas e sem utilizar o sistema bancário formal, com o objetivo de ocultar a origem localização e propriedade dos valores". Procurada pelo GLOBO, a defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro informou que está analisando os elementos apresentados pela Polícia Federal para se manifestar sobre o tema. A defesa de Cid não se manifestou.

Na decisão, Moraes afirma também que há indícios de que Bolsonaro e quatros auxiliares — Mauro Cid, Marcelo Câmara, Osmar Crivellati e Marcelo da Silva Vieira — "atuaram para desviar presentes de alto valor recebidos em razão do cargo pelo ex-Presidente da República e/ou por comitivas do governo brasileiro, que estavam atuando em seu nome, em viagens internacionais, entregues por autoridades estrangeiras, para posteriormente serem vendidos no exterior".

Mais recente Próxima Investigação da PF aponta que pai de Cid estava com 25 mil dólares que seriam de Bolsonaro

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