A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro vai ouvir nesta terça-feira o empresário e fazendeiro Argino Bedin. Ele faz parte de uma lista, do Supremo Tribunal Federal (STF), de suspeitos de financiarem ataques golpistas.
A relatora da CPI, senadora Eliziane Gama (PSD-MA), é uma das autoras dos requerimentos que chamaram Bedin à comissão. Na justificativa, ela disse que a ida do empresário "é relevante para que esta CPMI possa investigar e coletar informações pertinentes para desvelar os reais responsáveis pelo 8 de Janeiro de 2023".
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O deputado Carlos Veras (PT-PE) também apresentou um requerimento para levar Bedin à CPI mista e citou que ele "figurou na lista de investigados como possível financiador dos atos golpistas". "Conhecido no estado do Mato Grosso como 'pai da soja', Argino Bedin é um latifundiário sócio de pelo menos nove empresas e teve as contas bloqueadas por decisão do Ministro Alexandre de Moraes", afirmou o deputado do PT.
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A defesa do fazendeiro pediu ao STF para não ser obrigado a ir na comissão e para que tenha o direito de ficar em silêncio. Relator do caso, o ministro Dias Toffoli atendeu parcialmente o pedido e decidiu que Bendin poderá ficar em silêncio diante de perguntas que o incriminam, mas manteve a obrigatoriedade de participar da CPI.
O depoimento deve ser um dos últimos que a comissão irá promover. A expectativa é que os trabalhos da CPI Mista se encerrem daqui a duas semanas, no dia 17 de outubro.
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Ainda não há acordo para nova sessão de requerimentos. A base do governo quer aprovar a quebra de sigilos do ex-presidente Jair Bolsonaro e da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro.
Por outro lado, o presidente da CPI, deputado Arthur Maia (União-BA), já avisou que a CPI só vai aprovar os requerimentos dos governistas junto com os da oposição. Ainda que queira aprovar novos requerimentos, o governo quer evitar a convocação de membros da Força Nacional, que podem servir para desgastar o ministro da Justiça, Flávio Dino.
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