Política
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Por — Rio de Janeiro

Principal liderança atual do PSDB em São Paulo, o ex-governador Rodrigo Garcia sofreu reveses em âmbito nacional que ampliam incertezas sobre os rumos do partido no estado, que foi governado pelos tucanos por 27 anos.

Além de ser desbancado pelo deputado mineiro Aécio Neves na tentativa de assumir a fundação partidária Instituto Teotônio Vilela, cobiçada por seu orçamento robusto, Garcia viu a maioria de seu grupo ser alijado da formação da Executiva Nacional do PSDB. O momento de fragilidade interna ocorre em paralelo à perda de protagonismo do partido em São Paulo, após a derrota de Garcia no primeiro turno em 2022.

Aliados de Garcia, como o prefeito de São Bernardo do Campo, Orlando Morando, e o ex-secretário de Desenvolvimento Econômico, Marco Vinholi, correram risco de ser excluídos do quadro de 236 membros do diretório nacional do PSDB — 177 titulares e 59 suplentes.

Segundo interlocutores, o grupo do governador gaúcho Eduardo Leite, com quem o diretório de São Paulo anda às turras, ameaçou vetar quadros que integravam o núcleo duro do ex-governador João Doria, que hoje virou o grupo de Garcia. Houve uma composição de última hora, mediada por caciques tucanos de outros estados.

Em seu último ato na presidência nacional do PSDB, antes de passar o bastão a Marconi Perillo, Leite destituiu Vinholi do comando do diretório paulista do partido e nomeou o prefeito de Santo André, Paulo Serra, como dirigente provisório. Ele e Orlando Morando são rivais de longa data e disputam influência no ABC paulista. A intervenção foi mal digerida em diferentes alas do PSDB.

A eleição do novo presidente do PSDB em São Paulo deve ocorrer em fevereiro de 2024. Embora restrita a filiados paulistas, ela é acompanhada com atenção por caciques de outros estados, já que influenciará o papel da legenda nas eleições municipais no maior colégio eleitoral do país.

Aliados de Garcia já ventilaram candidatura própria, embora dirigentes próximos ao ex-governador defendam hoje uma aliança com o prefeito Ricardo Nunes (MDB).

Já os correligionários de Leite discutem ou lançar um tucano que faça contraponto a Nunes e a Guilherme Boulos (PSOL), ou formar uma eventual aliança com Tabata Amaral (PSB), na tentativa de ensaiar uma terceira via nacional para 2026,

— Em São Paulo, vamos analisar quem está alinhado com o que o partido quer ser — disse a vice-presidente nacional do PSDB, Paula Mascarenhas, aliada de Leite.

Aécio, que busca frear movimentações de antigos aliados de Doria, vem acenando nos bastidores com a possibilidade de ajudar Paulo Serra, ligado a Leite, a se efetivar como presidente da sigla em São Paulo. Em paralelo, o mineiro articula a filiação do ex-ministro Andrea Matarazzo, que deixou o PSDB em 2016 por atritos com Doria, para disputar a prefeitura de São Paulo.

Mais recente Próxima Aécio e Leite vivem disputa velada de olho em 2026, e alas do PSDB incentivam lançar mineiro à Presidência
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