Política
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Por — Rio de Janeiro

As eleições para prefeito costumam ser mais pautadas por temas ligados à oferta de serviços públicos do que à política nacional. A continuidade dessa agenda, mais concreta e conectada com a vida cotidiana nas cidades, é a aposta da maioria dos cientistas políticos ouvidos pelo GLOBO. Para 2024, eles destacam mobilidade urbana, incluindo a tarifa zero; saúde; segurança pública, embora não seja uma atribuição dos municípios; e meio ambiente, puxado pelas ondas de calor e fortes chuvas.

Para Renato Dorgan, do Instituto Travessia, haverá retorno ao debate sobre a gestão da prefeitura e a mobilidade urbana, depois do atípico pleito de 2020, marcado pela pandemia de Covid-19 e no qual os chefes dos executivos municipais foram mais avaliados pela resposta à crise sanitária. Na ocasião, legendas de centro e políticos experientes saíram vitoriosos das urnas em boa parte do país.

— Voltaremos a ter uma discussão sobre a cidade, sua conservação. Temos reclamações de ônibus lotados, a percepção de piora da segurança pública, principalmente nas cidades dominadas por facções.

Sensação de insegurança

O diretor da Quaest e professor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Felipe Nunes, também aposta que o foco estará na segurança pública, principalmente nas cidades grandes e médias. Uma pesquisa da Quaest em parceria com a UFMG, divulgada no início do mês, mostrou que oito em cada dez brasileiros veem piora da violência no país. A parcela da população que percebeu agravamento da insegurança nas cidades onde moram, na comparação com o resto do país, foi menor, mas ainda assim maioria: 56%.

— Mesmo que os prefeitos não tenham muito poder sobre isso, que as polícias estejam nas mãos dos governos estaduais, há uma demanda para que trabalhem junto com os governadores para solucionar esse problema — aponta Nunes.

Em outra frente, uma pesquisa Datafolha feita no início do mês mostrou que a saúde se isolou como principal preocupação dos brasileiros no âmbito federal. O setor foi mencionado como maior problema do país por 23% dos eleitores, ante 17% em setembro.

— É uma sinalização importantíssima para eleição municipal — avalia Mayra Goulart, professora de Ciência Política da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Ela aponta para uma tendência de discussões sobre os “rescaldos” e impactos da pandemia de Covid-19, como o crescimento da população de rua e os problemas no sistema de transporte público.

Professora da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), a cientista política Luciana Santana concorda e afirma que pautas que perpassam os governos municipais devem estar na ordem do dia:

— A questão do transporte, tanto municipal quanto intermunicipal, precisará estar na agenda, principalmente nas capitais e nas cidades de médio porte. É uma demanda urgente.

A mobilidade urbana também é vista pelo professor de Sociologia e Ciência Política Luiz Augusto Campos, do Instituto de Estudos Sociais e Políticos da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (IESP-UERJ), como um grande tema de 2024. São indicativos disso, na sua avaliação, a crise de modelo dos sistemas de transporte, que perderam recursos na pandemia, e o avanço das experiências com a tarifa zero. Outra aposta de Campos é a agenda ambiental, com foco no calor extremo e nos impactos de chuvas mais severas:

— É um tema muito deslocado nas eleições municipais e que sempre foi visto como questão nacional. As expressões locais, porém, estão muito evidentes, com as ondas de calor, debates sobre privatizações do acesso à água e das empresas de energia. A questão do meio ambiente tende a brotar em alguns municípios, algo que, se acontecer, será inédito.

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