Política
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Por — Rio de Janeiro

RESUMO

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GERADO EM: 09/08/2024 - 17:27

Líder do MST critica Bolsonaro e governo Lula

João Pedro Stédile, líder do MST, classifica 2023 como o pior ano para famílias assentadas, responsabilizando Bolsonaro pela falta de recursos. Apesar das críticas ao governo Lula, Stédile adota discurso conciliador. MST reclama de lentidão na gestão petista, marcando tensões com o Planalto.

Após um ano marcado por embates e tensões com o governo Lula, o líder do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), João Pedro Stédile, afirmou que 2023 foi o “pior da história” para o grupo “em termos de famílias assentadas”, mas amenizou o tom usado pelo movimento em outros momentos e responsabilizou a gestão passada, de Jair Bolsonaro, pelo cenário atual. O discurso de viés conciliador consta em uma mensagem de fim de ano aos "amigos do MST", publicada no site da entidade.

— A vitória (petista nas urnas) alimentou muitas expectativas com o governo Lula. Pudemos avançar em muitos temas e em outros estamos parados. Faltaram recursos, porque o orçamento era do governo passado, e, de certa forma, o Estado brasileiro, com o desmonte que houve nos seis anos de governos fascistas, impediu que agora a máquina se voltasse para as necessidades dos trabalhadores — diz Stédile no vídeo.

Um dos principais nomes do movimento e atualmente membro da coordenação nacional do grupo, Stédile argumentou que a reforma agrária “se mede por ideias, conquistas políticas e sociais”, e não mais por hectares conquistados. Ao mesmo passo, disse compreender as medidas tomadas pelo governo Lula.

— Em termos de famílias assentadas, é o pior ano de todos os 40 anos do MST. Mas nós compreendemos. Faz parte da luta — pontuou o líder do MST.

Em outubro, o movimento realizou atos críticos à gestão petista em diferentes capitais do país no Dia Mundial da Alimentação. Em um texto publicado em seu site oficial na ocasião, o MST reclamou de supostas "lentidão, falta de orçamento e incapacidade" da gestão petista na questão agrária, uma bandeira histórica da esquerda e do PT, partido do presidente Lula.

"Até o momento, não houve nenhuma política de assentamento realizada no estado de São Paulo, tampouco a destinação de créditos ou contratos de compra de alimentos por parte do governo via Conab, o que gera um descontentamento em nossa base social que se empenhou arduamente em todo o território nacional para eleger este governo", dizia um trecho do conteúdo.

A relação entre o Planalto e o movimento vem sendo marcada por sucessivas tensões desde o início do ano, com aumento no número de invasões de terra — sobretudo no chamado "Abril vermelho", jornada anual de atos do MST. No outro extremo, o governo lida também com pressões constantes por parte de setores do agronegócio e da oposição.

Em diferentes momentos, parlamentares petistas ligados ao MST fizeram questão de demonstrar a insatisfação com auxiliares diretos do presidente Lula. Em uma reunião do núcleo agrário do partido, no fim de setembro, o deputado Macron (RS) se queixou da falta de recursos e criticou os ministros Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário) e Alexandre Padilha (Relações Institucionais). Afirmou ainda que o chefe da Casa Civil, Rui Costa, não os recebe.

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