Política
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Por — Brasília

As fotos nas paredes nem sequer amarelaram, mas, quase quatro anos depois, alianças firmadas em 2020 foram desfeitas e prefeitos e seus vices devem estar em lados opostos nas eleições do ano que vem em pelo menos cinco capitais. É o caso, por exemplo, do Rio de Janeiro, onde Eduardo Paes (PSD) verá o seu ex-companheiro de chapa, Nilton Caldeira (PL), apoiando aquele que pode ser o seu principal adversário: o ex-chefe da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e deputado federal, Alexandre Ramagem (PL), nome do ex-presidente Jair Bolsonaro na disputa.

Caldeira, por sua vez, tentará uma vaga na Câmara Municipal. Paes e seu vice colecionaram embates nos últimos anos e já estiveram em lados opostos na última eleição presidencial, quando o prefeito trabalhou como cabo eleitoral de Lula, enquanto Caldeira optou por Bolsonaro. Num episódio que se tornou público, Paes chegou a remover Caldeira de um grupo de WhatsApp por meio do qual os seus secretários se comunicavam. Hoje, os dois mantêm uma relação pública amistosa, mas sem esconder as divergências políticas que tendem a se acirrar no ano que vem.

— Eu e Eduardo Paes já conversamos sobre os nossos caminhos para a próxima eleição e ele considera normal que eu siga o meu caminho, assim como acho certo que ele siga o dele. Sou do PL e estarei com o meu partido em 2024. Mas, não há motivo para anteciparmos qualquer embate das urnas. Seguimos trabalhando juntos para tocar a cidade e fazer o melhor pelo povo do Rio — minimiza Caldeira.

Em Maceió, o prefeito João Henrique Caldas (PL), o JHC, aliado do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), viu seu ex-vice, Ronaldo Lessa (PDT), voltar aos braços do senador Renan Calheiros (MDB-AL), seu antigo aliado e adversário de Lira, em uma movimentação que o deixará do lado oposto no ano que vem.

Eleito em 2020 vice de JHC, Lessa compôs a chapa ao governo em 2022 ao lado de Paulo Dantas (MDB), deixando a prefeitura. Em 2024, ele apoiará o candidato escolhido por Renan contra JHC.

Já em Teresina o rompimento de prefeito e vice foi ruidoso, com ataques mútuos. Na capital do Piauí, o vice Robert Rios (MDB) rompeu com a gestão de Dr. Pessoa (Republicanos) por discordar de atos de familiares do gestor dentro da prefeitura. Pessoa mantinha o filho e o genro em cargos estratégicos da administração municipal. Robert Rios deve apoiar o médico Paulo Márcio, escolhido pelo MDB para a disputa, e já declarou que pretende tentar uma vaga no Legislativo municipal de Teresina.

Recife: PSB tenta atrair PT

O duelo pela vaga de vice na chapa à reeleição do prefeito de Recife, João Campos (PSB), pode o afastar de vez da atual ocupante do cargo, a pedetista Isabella Roldão. Campos estuda ter um vice petista em 2024. Desta forma, conseguiria fortalecer a sua aliança para tentar o governo de Pernambuco em 2026, deixando a prefeitura nas mãos do nome do PT. A escolha de um indicado pelo partido de Lula, portanto, garantiria maior espaço em rádio e TV, além do apoio do presidente.

Este cenário, caso confirmado, poderá gerar um efeito curioso: considerada fora do páreo para seguir como vice de Campos, Isabella Roldão passou a ser vista como a favorita para receber o apoio da atual governadora do estado, Raquel Lyra (PSDB), caso queira se candidatar à prefeitura no ano que vem. Desta forma, o embate das próximas eleições municipais marcaria um duelo indireto de forças entre João Campos e Raquel Lyra, que pode se repetir — desta vez, diretamente — em 2026.

Situação parecida ocorre em Manaus, onde o prefeito David Almeida (Avante) costura um acordo para contar com o apoio do PL de Bolsonaro no ano que vem. Para isso, precisará abrir mão do seu atual vice, Marcos Sérgio Rotta (PP), na campanha em que tentará a reeleição. A estratégia de ter um vice bolsonarista pretende impedir a pré-candidatura de Alfredo Menezes (PL) e fortalecer Almeida para 2026. É possível que isto faça com que Rotta migre para a oposição no ano que vem.

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