Política
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Por Sérgio Roxo — Brasília

Lideranças petistas reagiram ao discurso do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), com cobranças ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na abertura do ano legislativo nesta segunda-feira. O senador Humberto Costa (PT-PE) classificou a fala de Lira como “inadequada”.

— É inoportuno numa cerimônia como essa vir cheio de recados.

Para Costa, “há uma inversão de valores” na parte do discurso em que o presidente da Câmara defende que o Orçamento pertence a todos não só ao Executivo porque o Legislativo está extrapolando em seu papel ao ter um controle sobre grande parte dos investimentos .

No X, ex-Twitter, o deputado Lindbergh Farias (PT-RJ) postou: "chega de faca no pescoço". "É sempre no mesmo tom. Chega de ameaças e faca no pescoço. É preciso harmonia entre os Poderes para fazer o Brasil avançar. Ora, o Orçamento 'pertence a todos, todas e não apenas ao Executivo', diz Lira. Ok. Perfeito. Só que quem executa o Orçamento é o Poder Executivo. O Legislativo aprova o Orçamento. Agora, o Parlamento quer impor um esdrúxulo cronograma de execução orçamentária nunca visto na história. Ou seja, o parlamento quer executar o Orçamento. Essa atribuição constitucional é do Poder Executivo."

Lindbergh também rebateu o trecho em que o presidente da Câmara cobra o cumprimento de acordos. "Foram distribuídos ministérios, liberação recorde de emendas e mesmo assim vivemos uma crise permanente no Parlamento, onde a suposta base vive votando contra temas importantes para o governo. São muitas as votações que o governo fica isolado com pouco mais de 140 votos. Já que Lira fala em cumprir acordos, eu pergunto: houve acordo em relação a esses R$ 5,6 bi que o Lula vetou e que estão ameaçando derrubar o veto? A informação que tenho é que não houve esse acordo. Então, Lira é hora de todos cumprirem os acordos."

O deputado Bonh Gass (PT-RS) rebateu Lira ao afirmar que o Executivo também consulta a população para definir as suas prioridades orçamentárias e que os projetos do governo não podem ser prejudicados.

— O dinheiro para emendas é do mesmo tamanho do PAC. Temos que ter planos estruturantes no país.

Presente ao Congresso, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, minimizou o discurso de Lira.

— Não achei preocupante. Ele fala em nome do Parlamento. Nós haveremos sempre de encontrar no diálogo, no entendimento, na conversa formas de construir pontes. Tem uma concordância na fala dele e o nosso entendimento quando ele diz que errarão aqueles que apostarem no confronto do Legislativo e do Executivo.

Rui Costa ainda afirmou que há “muita concordância” entre o governo e as falas de Lira e do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-AL).

O líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (sem partido-AP), disse que não considera que o discurso de Lira tenha tido tom de cobrança.

— Eu falo como líder do governo, nós não nos sentimos atingidos por isso. Todo acordo que estabeleceu com o Parlamento, o governo procurou cumprir.

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