Política
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Por — Brasília

Ainda que seja apontada como uma das prioridades do terceiro mandato, a área social tem recebido menos espaço na agenda do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Levantamento feito pelo GLOBO com base na agenda oficial da Presidência mostra que ministros da área econômica tiveram três vezes mais encontros que os titulares de Educação, Saúde e Desenvolvimento Social, pasta responsável pelo Bolsa Família.

Ao todo, Lula esteve em 51 oportunidades com os ministros Camilo Santana (Educação), Nísia Trindade (Saúde) e Wellington Dias (Desenvolvimento Social). Enquanto isso, foram 155 reuniões com os responsáveis pela Fazenda, Fernando Haddad; Planejamento, Simone Tebet; Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin; e Gestão, Esther Dweck. As informações são referentes ao período de 1º de janeiro de 2023 a 1º de fevereiro deste ano.

Medidas de arrecadação e de reestruturação econômica, como a Reforma Tributária e o arcabouço fiscal, estiveram no centro das atenções do Palácio do Planalto no ano passado, o que ajuda a explicar a configuração da agenda presidencial.

Outro setor que ficou em segundo plano foi o ambiental, encabeçado pelas ministras Marina Silva (Meio Ambiente) e Sonia Guajajara (Povos Indígenas). Juntas, elas estiveram em 21 reuniões no gabinete presidencial, número 86% menor do que o volume de reuniões com a área econômica. As duas figuram entre os auxiliares menos recebidos pelo presidente até agora.

Políticas ambientais e sociais foram destaque na campanha de Lula à Presidência em 2022 e nos discursos ao longo do primeiro ano do novo mandato do petista. Em diversas ocasiões, o presidente destacou o esforço para a retomada das ações das respectivas áreas e a importância na agenda do governo.

Apesar disso, Marina, Guajajara, Nísia, Camilo e Dias aparecem atrás de ministros à frente de áreas com menos destaque no discurso presidencial, como José Múcio (Defesa), responsável por apaziguar a relação de Lula com os militares, e Alexandre Silveira (Minas e Energia).

— Quando a gente pede mais dinheiro para uma coisa, tem duas formas de ter. Ou a receita cresce, ou tem que tirar de uma área para colocar na outra. Temos que fazer mágica para definir cada vez mais as prioridades, que são duas: educação e saúde. Em terceiro lugar, cultura, porque sem cultura nenhum país vai a lugar nenhum — disse Lula na semana passada.

Outra pauta priorizada por Lula no primeiro ano de governo foi a internacional, o que se refletiu no número de encontros com o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira. Ao todo, foram 36 agendas com a presença do chanceler, colocando-o como o sexto mais recebido pelo petista.

Vieira foi um dos principais articuladores para a retomada da agenda internacional do governo. Desde janeiro do ano passado, Lula já visitou 23 países na tentativa de recolocar o Brasil no debate internacional. O petista também viu estourar crises externas, como a guerra entre Israel e Hamas e o acirramento da tensão entre Guiana e Venezuela pela região do Essequibo, temas que demandaram tempo da agenda palaciana.

Pesca no pé da lista

O terceiro mandato de Lula também foi marcado pela criação de pastas de forte apelo para base aliada e com destaque nos seus discursos eleitorais, como os ministérios da Mulher, Igualdade Racial, Esporte, Cultura e Direitos Humanos. Juntos, no entanto, os titulares das pastas tiveram apenas 43 encontros com o presidente.

Na Cultura, por exemplo, Lula defende que o setor seja um “vetor econômico do país”, e liberou para a pasta um orçamento de R$ 10 bilhões para 2023.

Entre os ministros ainda no cargo, André de Paula (Pesca) e Marcos Amaro (Gabinete de Segurança Institucional) são os que foram menos recebidos: três vezes cada. André de Paula, um dos representantes do PSD na Esplanada, está no cargo desde o início da gestão, enquanto Amaro assumiu o posto em maio de 2023.

Ministros do Planalto lideram

O ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, termina o ano como o ministro que mais participou de reuniões no gabinete presidencial. Ao todo, foram 128 registros na agenda de Lula desde o começo do ano.

Padilha é responsável pela articulação do Palácio do Planalto com o Congresso e passou por altos e baixos desde o começo do ano para garantir maior governabilidade para a terceira gestão do petista. O ministro também teve papel de peso na condução das duas reformas ministeriais realizadas por Lula até aqui para trazer o Centrão para o governo e ampliar o número de votos no Parlamento. Recentemente, como mostrou o GLOBO, passou a sofrer o antagonismo do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).

Em segundo lugar, aparece o ministro Rui Costa (Casa Civil), com 119 agendas, seguido pelo titular da Comunicação Social (Paulo Pimenta), com 94 agendas. Os três nomes que despontam no ranking trabalham do Palácio do Planalto e têm uma rotina de despachos praticamente diária no gabinete presidencial. Além de participarem da maior parte das discussões do governo, Rui Costa, Padilha e Pimenta também fazem reuniões semanais de “alinhamento” para cuidar das prioridades e estratégias do governo.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, aparece em quarto lugar, com 72 passagens pelo gabinete. Além de cuidar de uma das pastas mais importantes para o sucesso do governo, ele também encabeçou a articulação com o Congresso de pautas prioritárias para o mandato do petista, como o projeto que tratou do voto de qualidade no Carf (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais), a taxação dos fundos offshore e a regulação das apostas esportivas.

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