Política
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Por — Brasília

Gravação de uma reunião ministerial no dia 5 de julho de 2022 mostra que o ex-presidente Jair Bolsonaro viu como um "erro" do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a inclusão das Forças Armadas para a Comissão de Transparência Eleitoral (CTE). Apesar da avaliação, ele considerou que a decisão da Corte o beneficiava. O vídeo do encontro foi relevado nesta sexta-feira pela colunista Bela Megale, do GLOBO.

— O TSE cometeu um erro quando convidou as Forças Armadas para participar da Comissão de Transparência Eleitoral. Cometeu um erro. Eles erraram. Pra nós, foi excelente. Eles se esqueceram que sou o chefe supremo das Forças Armadas? — diz o ex-presidente.

Em 2021, as Forças Armadas foram incluídas pelo TSE, juntamente com outras entidades, na Comissão de Transparência das Eleições, criada com o propósito de ampliar a transparência e a segurança de todas as etapas de preparação e realização das eleições.

A atuação das Forças Armadas, contudo, resultou em uma série de crises durante o processo eleitoral de 2022. Questionamentos feitos pelos militares sobre o funcionamento do sistema de votação do TSE foram usados por Bolsonaro para apontar suspeitas infundadas a respeito das urnas eletrônicas.

Representantes das Forças também insistiram para que um teste de biometria fosse incluído no Teste de Integridade feito nas urnas, o que levou à aprovação da medida sob um formato piloto.

A contenda entre as Forças Armadas e o TSE desencadeou episódios como uma troca de ofícios entre o Ministério da Defesa e a Corte. Em agosto de 2022, o então ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, encaminhou ao tribunal um ofício classificado como "urgentíssimo" em que pedia para ter acesso os códigos-fontes das urnas eletrônicas, que estavam abertos havia um ano.

As trocas de farpas entre o TSE, Bolsonaro e os militares também levou o ministro Edson Fachin, que presidiu por seis meses o TSE em 2022, a afirmar que as eleições eram um tema das "forças desarmadas".

O vídeo que exibe a reunião foi apreendido na casa do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, que fez delação premiada. Parte da gravação está presente na decisão do ministro do STF Alexandre de Moraes, que embasou a operação desta quinta-feira mirando a organização criminosa que atuou para tentar um golpe de Estado.

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