Política
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A Operação Lesa Pátria chegou nesta quinta-feira à sua 25ª fase com o cumprimento de 3 mandados de prisão preventiva, 24 de busca e apreensão e 7 de monitoramento eletrônico. Desta vez, os alvos foram financiadores dos atos antidemocráticos de 8 de janeiro. No total, a Lesa Pátria já cumpriu 100 mandados de prisão preventiva, 347 de busca e apreensão e apreendeu cerca de R$ 11,6 milhões em bens.

Nesta quinta, um dos mandados de prisão preventiva teve como alvo o empresário Joveci Xavier de Andrade, um dos donos da rede Melhor Atacadista. Joveci prestou depoimento à CPI dos Atos Antidemocráticos na Câmara Legislativa do DF, e foi apontado como um dos financiadores do acampamento bolsonarista montado em frente ao quartel-general do Exército, em Brasília.

A 25ª fase da Lesa Pátria cumpriu mandados no Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Tocantins, Paraná, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Espírito Santo e Distrito Federal.

A operação tem como objetivo identificar três núcleos de pessoas que participaram dos atos antidemocráticos do 8 de janeiro: os executores da invasão e depredação das sedes dos Três Poderes, em Brasília, os incitadores e financiadores dos atos. Os empresários que foram alvos de mandados nesta quinta se encaixam no terceiro grupo.

"As investigações continuam em curso e a Operação Lesa Pátria é permanente, com atualizações periódicas acerca do número de mandados judiciais cumpridos e pessoas capturadas", afirma a PF, em nota.

Desde janeiro de 2023, a operação já teve como alvo deputados estaduais, vereadores, empresários, fazendeiros, militares e influenciadores digitais. Todos os mandados foram expedidos pelo ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, que concentra na Corte as ações sobre o 8 de janeiro.

Dentre os alvos mais conhecidos, estão o ex-assessor Leo Índio, que é primo dos três filhos mais velhos de Bolsonaro; o coronel da Polícia Militar do Distrito Federal Jorge Naime; o deputado estadual Amauri Ribeiro (União-GO), o homem que quebrou um relógio histórico no Palácio do Panalto e a mulher que pichou "perdeu, mané" na estátua da Justiça em frente ao Supremo

Fase a fase

A primeira fase ocorreu no dia 20 de janeiro, 12 dias após os atos. Em função da gravidade dos ataques golpistas, o governo determinou prioridade para a investigação, o que fez com que a PF mobilizasse uma resposta rápida.

  • Oito mandados de prisão
  • 16 mandados de busca e apreensão.
  • Relógio de Dom João VI

Também em janeiro, a Polícia Federal prendeu o homem filmado ao destruir o relógio trazido ao Brasil por Dom João VI, no Palácio do Planalto. Ele virou réu no STF.

Terceira fase

No dia 27 de janeiro, a PF foi às ruas para a 3ª fase da Operação Lesa Pátria. Na ocasião, foram cumpridos 11 mandados de prisão preventiva e 27 de busca e apreensão, distribuídos em seis estados.

  • 11 mandados de prisão
  • 27 mandados de busca e apreensão

Quarta fase

No início de fevereiro, os agentes cumpriram a quarta fase da operação, em seis estados (Rondônia, Goiás, Espírito Santo, São Paulo, Mato Grosso e Distrito Federal)

  • Três mandados de prisão
  • 14 mandados de busca e apreensão

Coronel preso

Na quinta fase, também em fevereiro, foram presos quatro policiais militares, suspeitos de omissão no 8 de janeiro. Um deles foi o ex-chefe do departamento operacional da Polícia Militar do DF, o coronel Jorge Eduardo Naime.

  • Três mandados de prisão temporária
  • Um mandado de prisão preventiva
  • Seis mandados de busca e apreensão

Vereador detido

A sexta fase foi realizada ainda em fevereiro e resultou na prisão de seis pessoas, entre elas o vereador José Ruy (PTC), de Inhumas (GO), e o professor aposentado Antônio Clesio Ferreira, que disputou a prefeitura de Ouro Preto em 2020 pelo partido Democracia Cristã.

  • Oito mandados de prisão preventiva
  • 13 mandados de busca e apreensão

Sétima fase

Em março, na sétima fase, foram presas três pessoas. Uma delas foi Kennedy Alves, que gravou um vídeo invadindo o prédio do STF.

  • Três mandados de prisão
  • Oito mandados de busca e apreensão
  • Estátua e bola

Em uma das maiores fases, também ocorrida em março, foram presos Débora Rodrigues dos Santos, mulher flagrada pichando "perdeu, mané" na estátua da Justiça em frente ao prédio do STF, e Nelson Ribeiro Fonseca Junior, que furtou uma bola autografada pelo jogador Neymar que ficava exposta no Congresso Nacional.

  • 32 mandados de prisão preventiva
  • 46 mandados de busca e apreensão

Tática de guerrilha

Ainda em março, foi preso um major da reserva da PM suspeito de incitar atos antidemocráticos, administrar dinheiro usado para financiar as ações golpistas e ainda ensinar táticas de guerrilha a radicais bolsonaristas.

  • Um mandado de prisão
  • Coronel da Aeronáutica e ex-chefe da Rotam

Na 10ª fase, em abril, foram presos dois coronéis: uma da da reserva da Aeronáutica e um que comandou o batalhão de Rondas Ostensivas Tática Metropolitana da PM-GO (Rotam).

  • 16 mandados de prisão preventiva
  • 22 mandados de busca e apreensão
  • Apreensão de R$ 730 mil reais

Em maio, na 11ª fase, foram cumpridos 22 mandados de busca e apreensão contra suspeitos de financiarem os atos golpistas, incluindo empresários, fazendeiros e pessoas com registro de CACs (colecionadores, atiradores e caçadores esportivos). Na ocasião, foram apreendidos mais de R$ 730 mil em dinheiro vivo, além de 22 armas de fogo.

  • 22 mandados de busca e apreensão
  • Major preso novamente

Na 12ª fase, também em maio, o major da Polícia Militar do Distrito Federal Flávio Silvestre de Alencar foi preso novamente — ele já havia sido detido na quinta fase, mas foi solto. Foi encontrada uma mensagem que ele afirma, em um grupo de WhatsApp com militares, que "na primeira manifestação, é só deixar invadir o Congresso".

  • Um mandado de prisão preventiva
  • Quatro mandados de busca e apreensão
  • Dono de rádio

Em junho, na 13ª fase, o alvo foi o dono de uma rádio em Itapetininga (SP) que foi afiliada a Jovem Pan, Milton de Oliveira Júnior. Ele admitiu, durante participação em um programa local, ter financiado os atos de 8 de janeiro.

  • Um mandado de busca e apreensão
  • Pastor e cantora evangélica

A 14ª fase, em agosto, mirou, entre outros, o pastor Dirlei Paiz, de Blumenau (SC), e a cantora evangélica Fernanda Oliver, de Tocantins. Eles são suspeitos de organizarem e divulgarem a chamada "Festa da Selma", codinome para a convocação de caravanas a Brasília no fim de semana de 8 de janeiro.

  • 10 mandados de prisão preventiva
  • 16 mandados de busca e apreensão

Deputado estadual

Ainda em agosto, foram cumpridos mandados de busca e apreensão contra o deputado estadual Amauri Ribeiro (União Brasil-GO), que havia dito que "ajudou a bancar" pessoas acampadas em frente a um quartel do Exército.

  • Dois mandados de busca e apreensão

Socialite e suplente

Na 16ª fase, em setembro, foram cumpridos 53 mandados de busca e apreensão. Entre os alvos, estavam o suplente de deputado estadual pelo PRTB Rodrigo de Souza Lins, a socialite Marici Junqueira Bernardes, de Araçatuba, e o empresário Rodrigo Albani Borini, filho de um ex-prefeito de Birigui (SP).

  • 53 mandados de busca e apreensão

Live em cadeira de ministro

Também em setembro, na 17ª fase, foi preso Aildo Francisco Lima, que participou da invasão do STF e fez uma "live" sentado na cadeira do ministro Alexandre de Moraes.

  • Três mandados de prisão preventiva
  • Dez mandados de busca e apreensão

General na mira

Na 18ª fase, no fim de setembro, o alvo foi o general da reserva Ridauto Lúcio Fernandes, que ocupou cargo no Ministério da Saúde na gestão de Eduardo Pazuello. Contra ele, foi cumprido um mandado de busca e apreensão. Também houve o bloqueio de bens.

  • Um mandado de busca e apreensão
  • Bloqueio de bens

19ª Fase

No dia 25 de outubro, a PF cumpriu cinco mandados de prisão preventiva e 13 de busca e apreensão. Ao todo, 12 investigados foram alvos.

  • Cinco mandados de prisão
  • Treze mandados de busca e apreensão

20ª fase

Em 21 de novembro, a PF deflagrou mandados contra alvos que gravaram vídeos durante a invasão ao Palácio do Planalto e os publicaram nas redes sociais, entre eles uma advogada e um influencier digital. Segundo as investigações, eles teriam incitado o enfrentamento com os policiais, que atuavam na contenção dos atos.

  • dois mandados de prisão preventiva
  • Dez mandados de busca e apreensão

21ª Fase

Em 28 de novembro, a PF cumpriu ações contra suspeitos de criarem grupos nas redes sociais para incitar os ataques às sedes dos Três Poderes.

  • Um mandado de prisão preventiva
  • Sete mandados de busca e apreensão

Financiadores

Em 30 de novembro, a PF deflagrou a 22ª fase mirando os financiadores dos atos. Os alvos teriam arrecadado valores para as caravanas a Brasília no fim de semana do dia 8 de janeiro.

  • Três mandados de prisão preventiva
  • 25 mandados de busca e apreensão

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