Política
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Por — Brasília

Adversários públicos, Luciano Bivar e Antônio Rueda mantinham relação de proximidade e dividiram a responsabilidade de comandar o União Brasil por dois anos. Antes, davam as cartas no PSL, partido que foi usado como barriga de aluguel na campanha vitoriosa de Jair Bolsonaro à Presidência em 2018.

Com o favoritismo do atual vice da sigla para sucedê-lo, Bivar se diz traído e “apunhalado” pelo antigo amigo. Segundo o deputado, “a dor maior” é “ver o rosto” de quem enfia a faca, superando até mesmo o sofrimento da própria perfuração.

Embora não se falassem presencialmente há mais de um ano, segundo Bivar, até o início da semana ainda conversavam por telefone, quando houve a suposta ameaça de morte. O atual presidente pressionava para retirar o nome de Rueda do pleito.

— Era um relacionamento de pai para filho, de 40 anos, até mesmo de proteger e tudo — disse ontem Bivar.

Resultado da fusão do PSL com o DEM, o União vive guerras internas desde a sua fundação, mas sempre contou com a intermediação de ambos para conter os danos. Antes de Bolsonaro entrar no PSL, quando a sigla ainda era nanica, Bivar foi responsável por apresentar Rueda, um advogado, ao mercado de seguros, área em que ambos atuam na vida privada. Durante o turbilhão do governo Bolsonaro, momento em que o então presidente tentou destituir Bivar da presidência, os dois continuaram afinados e dando as cartas na legenda.

Depois da fusão, Bivar e Rueda partilharam o poder e, inclusive, foram responsáveis por indicações políticas de governos nos estados. No início, havia um acordo que delimitava a área de atuação de cada um, sem conflitos. Mas a onda de insatisfação em pelo menos seis estados contra Bivar fez com que Rueda passasse a tentar a fazer a ponte com os insatisfeitos. Acabou atraindo a maioria de oriundos do DEM e do PSL — e despertando a ira do atual mandatário da sigla.

O momento determinante para o afastamento dos dois, porém, foi uma reunião do partido em que Bivar xingou o ex-prefeito de Salvador ACM Neto, aos gritos. Na ocasião, Neto não respondeu e considerou inviável o partido continuar com a liderança de Bivar. Foi aí que passou a construir o apoio ao nome de Rueda, dando musculatura à sua indicação.

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