Política
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A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira a 25ª fase da Operação Lesa Pátria com foco nos financiadores dos atos antidemocráticos de 8 de janeiro. Os agentes cumprem ao todo 3 mandados de prisão preventiva e 24 de busca e apreensão em oito Estados - Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Tocantins, Paraná, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Espírito Santo e Distrito Federal.

Os alvos de prisão são os empresários Joveci de Andrade e Adauto de Mesquita, donos de uma rede atacadista do Distrito Federal. Eles foram indiciados pela CPI do 8 de janeiro como integrantes do grupo de financiadores dos atos antidemocráticos. A PF suspeita que a dupla tenha contratado um trio elétrico e fornecido alimentos, água e banheiros químicos ao acampamento golpista montado em frente ao Quartel-General do Exército, em Brasília.

As ações foram autorizadas pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.

A defesa dos empresários afirmou que eles forneceram voluntariamente a senha dos celulares, que foram apreendidos pela PF. — Não houve resistência nenhuma. Eles são pessoas sérias e honradas e têm a crença na democracia — disse o advogado Iure de Castro, que defende a dupla.

"Ressalta-se que, desde o início, houve esforços para esclarecer todos os fatos, compromisso que será mantido perante o Supremo Tribunal Federal. A realização de apurações pelo Estado é considerada válida, e os investigados vêem agora a oportunidade de elucidar completamente as questões em aberto. O Grupo ao qual Joveci e Adauto são acionistas reitera que é contra o vandalismo e a intolerância política, e acredita que a democracia é feita com pensamentos diferentes, mas jamais com violência. A diretoria do Grupo respeita as Instituições brasileiras, a democracia e o Estado de Direito", diz nota enviada pelo advogado.

Eles prestarão depoimento à PF na superintendência do Distrito Federal na tarde desta quinta-feira.

Empresário do ramo madeireiro

O terceiro alvo que foi detido hoje é o empresário do ramo madeireiro Diogo Arthur Galvão. Ele divulgou o seu PIX para levantar recursos para uma caravana que partiu de Campinas a Brasília. Em suas redes sociais, ele falou em preparação de "guerra" e chamou o ato de "tomada de Brasília". "Ou tomamos Brasília ou Brasília toma o Brasil", publicou ele. Segundo as investigações, ele também gravou vídeos de dentro dos prédios públicos invadidos no dia 8 de janeiro.

Os alvos são suspeitos dos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido.

No dia 8 de janeiro, um grupo de bolsonaristas invadiu e depredou as sedes do Congresso Nacional, Palácio do Planalto e Supremo Tribunal Federal. Segundo a PF, os gastos pelos danos ao patrimônio público giram em torno de R$ 40 milhões. Parte dos vândalos havia se deslocado a Brasília em caravanas de outras cidades e estava acampada em frente ao QG do Exército, no Setor Militar Urbano.

A PF investiga quem foram os empresários que patrocinaram essas viagens e o acampamento, que foi montado logo após o segundo turno das eleições de 2022. Os participantes dos atos não aceitavam a derrota eleitoral do ex-presidente Jair Bolsonaro e pediam uma "intervenção militar" para derrubar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

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