Política
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O Ministério da Saúde exonerou nesta quarta-feira a diretora do Departamento de Atenção Primária à Saúde Indígena, Carmem Pankararu, em meio ao desgaste do governo com as falhas na implantação de políticas em terras Yanomami e a piora nos índices de saúde da população. A saída da servidora surpreendeu colegas que trabalham na pasta chefiada por Nísia Trindade.

Segundo integrantes da pasta ouvidos pelo GLOBO, a mudança faz parte de um alinhamento de equipes em uma área prioritária — a situação de emergência no território indígena. Em fevereiro, dados consolidados do ministério mostraram que 363 indígenas da etnia morreram em 2023, número superior aos 343 óbitos do último ano do governo de Jair Bolsonaro.

De acordo com pessoas ligadas à cúpula da pasta, a publicação no Diário Oficial surpreendeu até mesmo o secretário da Saúde Indígena, Weibe Tapeba, que, apesar de ciente da decisão, não havia sido comunicado sobre o dia da demissão.

Pankararu está a trabalho em Santarém (PA) e soube da exoneração pelo Diário Oficial. O GLOBO tentou contatá-la, mas não houve retorno.

Em nota, a Secretaria de Saúde Indígena do Ministério da Saúde afirmou que a exoneração da "já estava prevista e a decisão decorre da necessidade da ajustes na equipe da Secretaria para superação dos desafios existentes na Saúde Indígena".

"A Secretaria reconhece e agradece o trabalho prestado pela Diretora neste primeiro ciclo de reconstrução da Saúde Indígena e deseja sucesso em sua trajetória", registra o comunicado.

A demissão acontece uma semana após duas importantes exonerações no ministério: a do secretário de Atenção Especializada à Saúde, Helvécio Magalhães e a do ex-chefe do Departamento de Gestão Hospitalar (DGH) Alexandre Telles, responsável pelos hospitais federais do Rio de Janeiro. Ambos foram demitidos depois de uma série de denúncias sobre precariedade e irregularidades nas unidades federais.

Ao GLOBO, na última sexta-feira, a ministra da Saúde, Nísia Trindade, descartou movimentações no secretariado e afirmou que não sofre pressões políticas para mexer na equipe.

O governo Lula decretou emergência em saúde no território em janeiro do ano passado ao encontrar um cenário de crise humanitária e desassistência na terra, localizada em Roraima. A gestão argumenta que o aumento de óbitos por desnutrição e malária se deve à subnotificação por falta de equipes de saúde no local nos anos anteriores a 2023.

Em contrapartida, o governo reconhece que garimpeiros que foram retirados do território durante o último ano retornaram às atividades ilegais com o término das operações das Forças Armadas e Polícia Federal.

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