Paes lançou filho de Domingos Brazão à Câmara do Rio: 'Quem mais briga por Jacarepaguá é a família Brazão'

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Era início de agosto do ano passado quando Paes marcou presença na comunidade Merck, na Taquara, zona oeste da capital fluminense. Na ocasião, afirmou ter 'colocado pilha' para que Kaio viesse candidato à Câmara Municipal e teceu elogios ao trabalho da família Brazão nesta parte da cidade. As imagens foram captadas pelo portal Última Hora.

— Quem melhor representa Jacarepaguá, quem mais briga pelas coisas de Jacarepaguá é a família Brazão. Então salva de palmas para essas feras aqui! — iniciou o prefeito — como a tradição não pode parar, quem comprou essa briga fui eu: Chiquinho já tá meio velho, Pedro também, Dominguinho nem se fala, vamo colocar um moleque novo na história, para ter energia, para ter disposição para acordar cedo.

Paes completou falando sobre os avanços na cidade de sua gestão, que, segundo ele, seriam possibilitados por parcerias políticas:

— A gente tem feito um esforço muito grande de recuperação da cidade, né? Eu fico muito feliz de poder ver passando aqui de novo, o BRT funcionando e assim que a gente vai fazer a cidade toda. Não vamos resolver tudo, mas é possível com gestão, com parceria. Chiquinho lá em Brasília, Pedro ajuda na Alerj, e a gente precisa de mais um para ajudar a gente.

No último domingo, o deputado federal Chiquinho Brazão e Domingos Brazão foram presos pela Polícia Federal. Os irmãos estão no presídio da Papuda, em Brasília, em condição preventiva. Até mês passado, Chiquinho ocupava o posto de secretário municipal de Ação Comunitária.

A indicação foi parte de um acordo entre Paes e o Republicanos, para que o partido lhe desse apoio nas eleições municipais. Apesar de ser do União Brasil, Chiquinho integra a ala próxima ao presidente estadual do Republicanos, o prefeito de Belford Roxo, Waguinho, que estão migrando, aos poucos, para a sigla. Após ter seu nome citado em delação, o parlamentar pediu exoneração do cargo.

Na data da nomeação, que ocorreu em outubro passado, Domingos já era investigado pelo assassinato de Marielle Franco. A cerimônia de posse se deu dois dias após o colunista do GLOBO Bernardo Mello Franco ter revelado que o caso havia sido remetido pela Justiça estadual do Rio para o Superior Tribunal de Justiça (STJ), devido a indícios de um suposto envolvimento de Domingos, que tem foro privilegiado como conselheiro do TCE.