A primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja vistoriou nesta terça-feira a reconstrução da galeria dos ex-presidentes da República, no Palácio do Planalto, e que foi destruída durante os atos golpistas de 8 de janeiro do ano passado. Na ocasião, a única imagem preservada foi a de Jair Bolsonaro.
— Está prontinha, logo vamos abrir — afirmou Janja em visita ao espaço no Palácio do Planalto.
A galeria contém as fotos em preto e branco e uma pequena biografia dos ex-presidentes da República. O atual mandatário também recebe uma fotografia, mas colorida.
Em relatório enviado à CPI do 8 de janeiro no ano passado, a Presidência da República avaliou que o prejuízo com os ataques golpistas ao Palácio do Planalto no dia da invasão foi de cerca de R$ 4,3 milhões, sendo a maior fatia referente a obras de arte depredadas pelos radicais.
A perda, contudo, pode ser bem maior. Somente o quadro As mulatas, de Di Cavalcanti, de Di Cavalcanti, rasgado em sete partes de diferentes tamanhos, foi estimado em R$ 3,2 milhões. A obra era a principal peça do Salão Nobre do Palácio do Planalto.
A mesa de trabalho de Juscelino Kubitscheck, exposta no salão, foi usada como barricada pelos golpistas. A galeria dos ex-presidentes foi totalmente destruída, com fotografias retiradas da parede, jogadas ao chão e quebradas.
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Outra peça histórica destruída é o relógio de Dom João VI, do século XVII e entregue pela corte francesa como um presente a dom João 6º. Além da peça entregue ao Brasil, há somente uma outra unidade do artista Balthazar Martinot, no Palácio de Versailles, na França. O valor da peça é considerado "fora de padrão", segundo a Secretaria de Comunicação da Presidência da República (Secom).
O espaço destruído nos ataques de 8 de janeiro até agora não tinha sido reinaugurado, mais de um ano depois. A galeria fica localizada no térreo do Palácio do Planalto e está cercada de tapumes até hoje.
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