Política
PUBLICIDADE

Assim como os senadores Sergio Moro (União Brasil-PR) e Jorge Seif (PL-SC) que são julgados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por supostamente terem desequilibrado as eleições de 2022, sete governadores enfrentam processos por abuso de poder político e econômico na Justiça Eleitoral. O número corresponde a quase um terço dos chefes de Executivo das 27 unidades da federação.

Paulo Dantas (Alagoas), Antonio Denarium (Roraima), Cláudio Castro (Rio de Janeiro), Romeu Zema (Minas Gerais), Mauro Mendes (Mato Grosso), João Azevêdo (Paraíba) e Marcos Rocha (Rondônia) estão na lista dos 18 governadores que foram reeleitos em 2022. Eles são acusados de terem usado a máquina do estado para se autopromover — as ações na Justiça Eleitoral contra o grupo têm relação com distribuição de cestas básicas, emendas e uso de programas sociais.

Antonio Denarium (PP) e Paulo Dantas (MDB) respondem a três processos cada. No caso do governador de Roraima, o tribunal regional decidiu por sua cassação em duas das três acusações, que hoje esperam julgamento no TSE.

Denarium responde por supostamente ter distribuído cestas básicas, reformado casas, transferido recursos para municípios e aumentado a publicidade durante o período eleitoral. A defesa dele nega todas as acusações.

Manifestação do MPE

Já Dantas ainda aguarda na primeira instância a decisão para os três pedidos de cassação de seu mandato. Em duas das ações que correm no tribunal regional — relativas à distribuição de cestas básicas e concessão de bolsas escolares —, o Ministério Público já se manifestou pela perda do mandato.

Apesar desse revés, a Corte local rejeitou no mês passado, por unanimidade, a ação que acusa Dantas de ter distribuído R$ 12 milhões em recursos para municípios. O relator Alcides Gusmão defendeu não haver comprovação de ilegalidade por parte do governador.

— A eventual caracterização de abuso do poder político econômico exige a demonstração de forma clara e segura de que teria ocorrido o favorecimento da execução dos repasses em troca de apoio político, o quê não ficou nos autos — afirmou Gusmão.

A coligação Alagoas Merece Mais, que deu sustentação a Rodrigo Cunha (União Brasil), adversário de Dantas em 2022, recorre da decisão.

Procurados, Dantas e Denarium não se manifestaram.

No Rio de Janeiro, a Procuradoria Eleitoral do Ministério Público Federal pediu na semana passada a cassação do governador Cláudio Castro (PL), de seu vice, Thiago Pampolha (MDB), e do presidente da Alerj, Rodrigo Bacellar (União Brasil). Os três são acusados de terem desviado recursos da Fundação Centro Estadual de Estatísticas, Pesquisas e Formação de Servidores Públicos (Ceperj) e da Universidade do Estado (Uerj) em prol de suas candidaturas.

Programas sociais

Em nota, a defesa do governador fluminense afirmou que Castro extinguiu projetos da Ceperj após o escândalo de desvio de dinheiro vir à tona. “Vale ressaltar também que o nome do governador não é citado em nenhum dos depoimentos e não foram apresentados elementos novos que sustentem as denúncias”, diz trecho da nota.

Nos tribunais regionais do Mato Grosso e da Paraíba, os governadores respondem pelo suposto uso de programas sociais. No caso de Mauro Mendes (União Brasil), o processo foi considerado improcedente pelo tribunal regional, mas o TSE determinou a reabertura da ação. O governador mato-grossense teria usado palestras com professores da rede pública para promover sua campanha de reeleição.

— Essa denúncia não possui nenhum lastro na verdade. Tanto é assim que o Ministério Público Eleitoral já deu parecer pela rejeição da ação, por absoluta falta de provas — afirmou o governador ao GLOBO.

Na instância superior, Romeu Zema (Novo) e Marcos Rocha (União) respondem a denúncias que foram consideradas improcedentes. No caso do governador mineiro, a coligação que apoiava o ex-prefeito de Belo Horizonte Alexandre Kalil (PSD) afirma que ele teria intensificado a publicidade institucional em período proibido. Procurado, o governo de Minas preferiu não se manifestar.

A acusação contra Marcos Rocha foi considerada improcedente no TSE, mas segue em fase recursal via embargos de declaração.

— A ação foi proposta sem qualquer prova de ilegalidade, tão somente para tentar desestabilizar o resultado da eleição. Prova disso são as decisões judiciais proferidas — diz o advogado do governador, Nelson Canedo.

Membro-fundadora da Academia Brasileira de Direito Eleitoral e Político (Abradep), Geórgia Nunes avalia que o debate sobre o fim da reeleição tem conexão com este tema:

— Nós precisamos separar a figura do agente político que está no mandato do candidato, e o que tem se percebido é que raramente isso acontece, o que acaba influenciando as eleições. A oposição fica em desvantagem quando ocorre o uso da máquina.

De uso de programas sociais a distribuição de recursos

Mauro Mendes (MT)

Acusado de uso da máquina pública por meio do programa “Edu Motivação” da Secretaria de Estado de Educação (Seduc) para induzir servidores a votarem nele. O TRE foi contra cassação, mas o processo está em fase de recurso no Tribunal Superior Eleitoral.

João Azevedo (PB)

O governador da Paraíba foi denunciado por usar os programas sociais “Tá na Mesa”, “Opera Paraíba” e “Travessias Urbanas para tirar vantagem eleitoral. O ação, que pede a cassação de seu mandato, está na primeira instância, no TRE.

Marcos Rocha (RO)

O uso de telemarketing e a revogação da estação ecológica Soldado da Borracha foram mas motivações para as denúncias ao governador chegarem ao TSE, que se manifestou contra cassação. Ainda cabe recurso ao processo, contudo.

Antonio Denarium (RR)

Foi cassado pelo TRE em duas ações que envolvem distribuição de cesta básica, reformas, transferência de R$ 70 milhões para municípios, promoção de agentes e aumento de publicidade, mas ele, ainda no exercício do cargo, recorre ao TSE.

Mais recente Próxima Tática para lidar com Bolsonaro e polarização divide lideranças do PT

Inscreva-se na Newsletter: Jogo Político

Mais do Globo

Vítimas fizeram registro de ocorrência na 9ª DP e exame corpo de delito no IML

Casal conta ter sido agredido por homem e filho de 13 anos dentro do metrô após discussão sobre lugar reservado a bicicletas

Cidade da Baixada Fluminense fica à frente de Niterói e de Petrópolis

Ideb: Paracambi fica em segundo lugar na Região Metropolitana

Del Boppel passeava com cachorro quando foi atacada por réptil de mais de 2 metros de comprimento

Idosa de 84 anos é mordida por jacaré e se salva de ataque após socar animal nos Estados Unidos

Toda a localidade, que compreende seis cidades do nordeste do estado de Goiás e o entorno do Distrito Federal vem sendo consumida pelo fogo há cinco dias

Brigadistas da Chapada dos Veadeiros denunciam recorrência de fogo em área de preservação ambiental

'It's Glowtime', evento anual da fabricante, deve apresentar telas maiores e novos recursos de câmeras para os celulares

Lançamento do iPhone 16: o que esperar do evento da Apple nesta segunda-feira

Transações movimentaram R$ 108 bilhões na última sexta-feira

Pix registra novo recorde com 227,4 milhões de operações, informa BC

Fenômeno é considerado a tempestade mais poderosa que afetou a Ásia em 2024

Vídeo: funcionários 'brigam' com rajadas de vento do Super Tufão Yagi, no Vietnã, ao tentar fechar portas de hotel

Dois dos mais famosos brasileiros do mundo se reúnem para campanha de lançamento da linha feminina da Democrata Calçados

Cauã Reymond posa com Gisele Bündchen e entrega: 'Fotografar com ela é como brincar de Siga o Mestre'

Artista foi diagnosticada com tumor no intestino em janeiro de 2023; ano passado ela entrou em remissão, porém, exames de rotina mostraram quatro novos focos de tumores

Preta Gil: entenda a cirurgia para amputar o reto que a cantora realizou como parte do tratamento contra o câncer

Artista sertanejo celebra chegada de novo neto com garrafa de bebida em hospital, e parte dos internautas questiona excesso com álcool

Uísque na maternidade? Reação de Leonardo a nascimento de filho de Zé Felipe e Virginia viraliza e gera debate