O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), anunciou nesta segunda-feira que irá acionar a Câmara de Coordenação e Revisão do Ministério Público Federal (MPF) para questionar o pedido de arquivamento de uma ação apresentada contra o youtuber Felipe Neto.
Lira apresentou uma ação contra Felipe Neto, por meio da Polícia Legislativa, após ter sido chamado de "excrementíssimo". O presidente da Câmara considerou ter sido alvo de injúria. O caso tramita na Justiça Federal do Distrito Federal.
Na sexta-feira, o MPF defendeu o arquivamento do caso, por considerar que não houve crime, como mostrou o blog do colunista Ancelmo Gois. O parecer afirma que "as palavras duras dirigidas ao deputado, conquanto configurem conduta moralmente reprovável, amoldam-se a ato de mero impulso, um desabafo do investigado, não havendo o real desejo de injuriar ou lesividade suficiente".
Agora, Lira afirmou, por meio de sua assessoria que irá recorrer à a Câmara de Coordenação e Revisão do MPF. O órgão tem entre suas atribuições analisar o arquivamento de investigações por parte de membros do Ministério Público. Essa análise, no entanto, já ocorre mesmo quando não há pedido externo.
"O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, irá recorrer do parecer do Ministério Público Federal pelo arquivamento do procedimento criminal contra o senhor Felipe Neto. O recurso será enviado para a Câmara de Coordenação e Revisão do MPF", afirmou a assessoria da Câmara.
Pelo Twitter, Felipe Neto comemorou a posição do MPF. "O procurador deixou claro que não houve crime. Enfrentaremos toda tentativa de silenciamento!", escreveu.