A Polícia Federal apreendeu nesta quarta-feira um helicoptero avaliado em R$ 5 milhões em uma oficina em Goiânia, Goiás. A aeronave teria sido comprada com dinheiro público pelo Partido Republicano da Ordem Social (PROS). Integrantes da sigla são alvos de uma operação por suspeita de organização criminosa suspeita de lavagem de dinheiro, furto qualificado, apropriação indébita, falsidade ideológica e apropriação de recursos destinados ao financiamento eleitoral.
O alvo principal da ação é Eurípedes Júnior, ex-presidente do partido e atualmente presidente do Solidariedade. Contra ele, há um mandado de prisão preventiva pendente e a PF já o considera foragido.
Foram expedidos pela Justiça Eleitoral do DF outros seis mandados de prisão e 45 mandados de busca e apreensão em dois estados (GO e SP) e no DF. Foi determinado ainda o bloqueio e a indisponibilidade de R$ 36 milhões e o sequestro judicial de 33 imóveis.
Antes de se fundir ao Solidariedade, em 2022, o PROS estava rachado em dois grupos políticos que disputavam seu comando pelas vias judiciais. Marcus Holanda, que havia assumido a presidência do partido, chegou a registrar na época um boletim de ocorrência em que acusava Eurípedes Junior pelo sumiço de bens da legenda avaliados em R$ 50 milhões, entre eles esse helicóptero.
Na ocasião, o helicóptero foi localizado em um hangar na zona norte de São Paulo, após desaparecer em meio a investigações sobre uso indevido de recursos do Fundo Partidário. A aeronave, um Robinson R66 Turbine, assim como imóveis e outros veículos, fazia parte de uma série de aquisições irregulares do partido durante a gestão de Júnior, segundo apurações do Ministério Público e da Polícia Federal.
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