A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Anistia, que livra partidos de pagarem multas por descumprirem a cota de repasse de recursos a negros e mulheres, deve caminhar em ritmo lento no Senado, caso seja aprovada pela Câmara. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), já sinalizou aos seus pares que irá despachar o texto para a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), seguindo a tramitação tradicional de textos que alteram a Carta Magna e não irá levar a medida direto ao plenário.
O texto foi analisado por uma comissão especial na Câmara no ano passado, mas não chegou a ser votado. Como o prazo da comissão expirou, Lira pode levar a proposta para a análise do Plenário nesta terça-feira.
A PEC é defendida, principalmente por presidentes de partidos. Na semana retrasada, a presidente do Podemos, deputada Renata Abreu apresentou o tema aos líderes do Senado, já antecipando a aprovação pela Câmara.
A proposta retira punições para legendas que não cumpriram a cota de recursos públicos para candidaturas de acordo com critérios de cor e gênero. O texto também deixa de responsabilizar os partidos por falhas em prestações de conta, além de abrir brecha para que a cota de 30% de candidaturas femininas seja descumprida.
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