Política
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Por — Rio

Divulgada na semana passada, a primeira pesquisa Quaest sobre a eleição do Rio também perguntou aos cariocas quais áreas melhoraram e pioraram nos últimos quatro anos. O resultado evidenciou a importância da segurança pública na cidade, a despeito de as polícias Civil e Militar serem estaduais: 73% acreditam que a área foi a que mais piorou no mandato do prefeito Eduardo Paes (PSD). Na campanha de outubro, ele vai enfrentar a artilharia dos adversários.

Delegado da Polícia Federal, Alexandre Ramagem (PL) tem o discurso sobre a sensação de insegurança como uma das apostas para crescer frente ao favoritismo de Paes, que pontuou 51% na Quaest, 40 pontos a mais que o apadrinhado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Ramagem promete armar a Guarda Municipal, tradicional bandeira da direita, e quer um “protagonismo” da cidade na segurança, como disse na entrevista de pré-campanha ao GLOBO.

Profissionais que auxiliam Ramagem, no entanto, avaliam que é preciso dosar os ataques a Paes. É mais importante, dizem, se colocar como alguém propositivo, capaz de solucionar o que está errado, do que pintar o prefeito como o culpado por um problema histórico — e que é mais associado ao governo estadual.

No nome de urna, o postulante do PL cogita repetir “Delegado Ramagem”, que adotou na eleição para deputado federal. Em março, no ato de lançamento da pré-candidatura a prefeito, o bordão “chama o delegado” foi martelado por quadros do partido.

Entre aliados de Paes, existe um discurso de desconstrução de Ramagem. O candidato é do mesmo PL do governador Cláudio Castro, e o secretário estadual de segurança, Victor Santos, é ligado ao senador Flávio Bolsonaro (PL). A pergunta implícita, então, é: Como o adversário critica as condições da segurança do Rio ao mesmo tempo em que é do grupo político de quem conduz essa política?

A fim de exercer um papel municipal na segurança, a prefeitura criou o Civitas, sistema que monitora a cidade e fornece informações para auxiliar as forças estaduais.

Diametralmente oposto a Ramagem no espectro político, Tarcísio Motta (PSOL) também prepara arsenal de críticas à gestão Paes e propostas. Bandeira histórica do PSOL, o combate às milícias tende a ser defendido como algo em que a prefeitura pode ter atuação central — sobretudo para asfixiar economicamente os grupos criminosos.

O próprio Paes faz esse tipo de discurso e empreende ações como a demolição de edifícios construídos por milicianos, mas Tarcísio pretende expor o que considera contradições do prefeito. Entre elas, o fato de ter nomeado na prefeitura o deputado federal Chiquinho Brazão, hoje preso acusado de mandar matar a vereadora Marielle Franco.

Guarda Municipal

Outro ponto em que Tarcísio discorda de Paes, e mais ainda de Ramagem, é no papel da Guarda Municipal. O psolista repete sempre que a tropa não deve ser usada para “bater em camelô”, como acredita que faz sob comando de Paes.

Também compõem a lista de Tarcísio a crítica à ideia de internação compulsória de dependentes químicos e um aspecto mais político: o que considera a omissão de Paes sobre operações policiais do estado, que têm como consequência, entre outras, o fechamento de escolas municipais.

Na visão da cientista política Mayra Goulart, professora da UFRJ e coordenadora do Laboratório de Eleições, Partidos e Política Comparada, a centralidade do tema da segurança o transforma em pauta obrigatória, embora não seja atribuição direta do prefeito:

— No Rio, qualquer candidato à direita ou à esquerda tem que versar sobre a pauta, porque a violência perpassa o cotidiano de toda a cidade. É uma temática preferencial porque é capaz de chamar atenção para algo concreto, de fácil entendimento e que mobiliza o medo.

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