Política
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Por — Brasília

A Polícia Federal (PF) afirmou ao Supremo Tribunal Federal (STF) ter conseguido novas provas que mostrariam a existência de uma "grande estrutura na Prefeitura de Duques de Caxias/RJ para a prática de crimes de inserção de dados falsos de vacinação". Por isso, solicitou que seja aberta uma nova investigação apenas para esses fatos.

Até agora, as supostas fraudes realizadas em Caixas estavam ocorrendo dentro da mesma investigação que apura se o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e auxiliares foram beneficiados pelo esquema. Essa apuração, no entanto, faz parte de um inquérito maior, o das chamadas milícias digitais, que também engloba outras apurações contra Bolsonaro e aliados.

De acordo com a PF, a análise de conversas de uma servidora da Secretaria municipal de Saúde "evidenciou novos elementos de prova que revelaram a constituição de uma grande estrutura na Prefeitura de Duques de Caxias/RJ para a prática de crimes de inserção de dados falsos de vacinação em benefícios de diversas pessoas, diverso do grupo criminoso investigado (na apuração principal)".

Por isso, houve a solicitação para que os fatos relacionados a Caxias sejam investigados em um procedimento diferente. O pedido foi enviado ao relator, ministro Alexandre de Moraes.

Em março, a PF indiciou Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid e outras 15 pessoas pela suspeita de fraude. A Procuradoria-Geral da República (PGR) ainda irá decidir se apresenta uma denúncia neste caso.

Em paralelo, continuaram as investigação sobre o suposto esquema montado em Duque de Caxias, que resultou no início do mês em uma nova operação. Um dos alvos foi o ex-prefeito Washington Reis, secretário estadual de Transporte do governo estadual.

Entre as novas provas apontadas, estão uma série de conversas entre Célia Serrano — então subsecretária municipal de Saúde, e hoje titular da pasta — e uma servidora, tratando da inclusão de registros.

Em um deles, a servidora avisa Serrano de que a direção de uma unidade havia solicitado o registro de pessoas que não tinham sido vacinadas, e ressalta que seriam "registros irregulares". A subsecretária responde com "Olha lá só Jesus na causa". Para a PF, o diálogo indica que Serrano teria conhecimento das fraudes.

Em outro momento, Serrano solicita a inclusão do nome de três pessoas. Depois, a PF constatou que os registros apontam que o trio teria recebido duas doses — uma adicional e uma reforço — no mesmo dia, mas em locais diferentes.

Também foi destacado um episódio na qual Serrano pede o registro de um vacina cujo lote havia acabado de chegar. A servidora diz que incluiu outro, e corrigiria no dia seguinte. A subsecrretária afirma, no entanto, que "qualquer lote tá bom".

Prefeitura se diz à disposição

Em nota, a prefeitura de Duque de Caxias afirmou que que não foi oficialmente comunicada sobre o relatório, mas disse que "permanece à disposição das autoridades para colaborar em todos os aspectos necessários, com toda e qualquer investigação".

Após o cumprimento do mandado de busca e apreensão na sua casa, no início do mês, Washington Reis negou qualquer irregularidade com a vacinação em Duque de Caxias e afirmou que não iria “bater boca com a Justiça”:

— Fomos a cidade número um do país. Não fechamos, abrimos hospitais, abrimos 200 leitos de CTIs, atendemos toda a Baixada Fluminense, vacinamos todo mundo. Não guardamos vacina e nunca faltou vacina. Agora nós estamos sendo vítimas, não vou dizer de covardia porque não sou frouxo. Eu vacinei no meio da rua, mostrando o meu braço.

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